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Paulo Souto recorda 30 anos do SAC e critica governo por reescrever história

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Paulo Souto, ex-governador da Bahia, revisitou nesta segunda-feira (1º) os 30 anos de história do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), que foi criado em 1995 durante seu primeiro mandato. Em uma análise crítica, Souto destacou a repercussão tanto nacional quanto internacional do modelo baiano, que serviu de inspiração para iniciativas como o Poupatempo em São Paulo. Além disso, ele não deixou de criticar o atual governo da Bahia pela maneira como abordou essa data significativa.

“Inauguramos a primeira loja do SAC após apenas oito meses de governo, no Instituto do Cacau. O primeiro cidadão que utilizou o serviço conseguiu resolver, em apenas 20 minutos, um problema que o incomodava havia seis anos. Essa proposta simbolizava nossa intenção de garantir rapidez, eficiência e respeito ao cidadão”, afirmou o ex-governador em entrevista ao jornal Correio.

Nos dois primeiros meses de funcionamento, o SAC atendeu 158 mil pessoas, ganhando rapidamente visibilidade fora da Bahia. O então ministro da Administração e Reforma do Estado, Luís Carlos Bresser Pereira, elogiou o projeto, classificando-o como “um grande avanço para o serviço público brasileiro”. O modelo de atendimento inspirou a criação do Poupatempo em 1997, originou o SAC Móvel e chamou a atenção da ONU, que reconheceu a iniciativa como um exemplo mundial de eficiência.

Souto criticou uma nota divulgada pelo governo estadual, que tentou comparar dados de 2006 com avanços recentes. Segundo ele, essa ação visava minimizar as conquistas de sua gestão. “Desde a inauguração, sempre utilizamos o que havia de mais moderno no mundo, tanto que nosso modelo foi reconhecido pela ONU. Essa é uma lamentável tentativa de reescrever a história”, declarou.

O ex-governador também contestou a narrativa acerca da criação do Ponto SAC, afirmando que o formato já estava previsto em relatórios de seu segundo mandato. Quanto ao número de atendimentos, ele destacou que a própria nota oficial revela um desempenho equilibrado: “Nos primeiros 12 anos, foram 92 milhões de atendimentos, com uma média de 7,66 milhões por ano, em contraposição a 7,52 milhões durante os governos do PT.”

Com ironia, ele comentou: “Já me acostumei com a tese do PT de que a Bahia foi descoberta em 2007. O SAC foi, e continua sendo, um marco de cidadania. É triste observar um governo que utiliza um serviço tão importante para descreditar adversários. E o pior: fazem isso com um serviço que pertence ao povo da Bahia.”

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