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União Brasil e PP formalizam federação e formam a maior bancada na Câmara

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O União Brasil e o PP (Progressistas) formalizarão, nesta terça-feira (19), a criação da federação partidária denominada União Progressista (UPb), que se tornará a maior bancada da Câmara dos Deputados. Essa união representa um passo significativo na política nacional, reunindo forças que influenciam diretamente as decisões no Congresso.

As duas legendas, juntas, contarão com um total de 109 deputados federais e 15 senadores. Além disso, apresentam uma ampla presença em estados e municípios, com 12.398 vereadores, 1.335 prefeitos, 186 deputados estaduais, quatro distritais e seis governadores, entre os quais se destaca o presidenciável Ronaldo Caiado (GO), além de quatro vice-governadores. Essa capilaridade evidencia o potencial da federação para atuar em diversas esferas de poder.

A liderança da nova federação será compartilhada entre o presidente do PP, o senador Ciro Nogueira, e o presidente do União Brasil, Antônio Rueda. Ambos desempenharão papéis cruciais na definição das estratégias políticas e na coesão entre as siglas, buscando fortalecer a posição da UPb no cenário nacional.

No cenário atual, os partidos detêm quatro ministérios no governo de Lula: Celso Sabino (Turismo), Waldez Góes (Integração Nacional) e Frederico de Siqueira (Comunicações), pertencentes ao União; e André Fufuca (Esporte), representando o PP. A distribuição dessas pastas reforça a relevância da federação na execução de políticas públicas e na relação com o governo federal.

Conforme informações divulgadas pela CNN, apesar de a UPb ter um tom oposicionista evidente em sua formação, a expectativa é de que a federação não promova um desligamento imediato do governo. A tendência é que os ministros continuem em seus cargos até abril de 2026, momento em que deverão se descompatibilizar para concorrer às eleições. Essa estratégia visa garantir a continuidade da atuação dos partidos no governo enquanto se prepara para a disputa eleitoral.

Ainda segundo a CNN, nos bastidores, Ciro Nogueira tem pressionado pela saída de André Fufuca da Esplanada, sinalizando uma possível movimentação em relação à nova configuração de poder. Em contrapartida, Rueda adota uma postura mais cautelosa, evitando declarar abertamente a intenção de romper com o governo de Lula.

O lançamento da federação ocorre em um contexto de aproximação com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que pode gerar novas dinâmicas políticas. Além disso, críticas ao governo Lula têm surgido, especialmente em relação à maneira como a crise com os Estados Unidos está sendo conduzida. Desta forma, a UPb se apresenta como uma nova força no cenário político, com o potencial de influenciar o futuro do país.

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