Recentemente, o Departamento de Estado dos Estados Unidos fez novas críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por meio de uma postagem em redes sociais. Esta ação se desdobrou após a decisão do ministro Flávio Dino, também do STF, que afirmou que leis estrangeiras não devem ter efeito imediato no Brasil. Durante uma entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, Moraes declarou que “não há a menor possibilidade de recuar, nem mesmo um milímetro” na tramitação das ações relacionadas a uma suposta trama golpista.
A mensagem publicada pelo Bureau of Western Hemisphere Affairs (Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental) destacou que Alexandre de Moraes é considerado “tóxico” para empresas e indivíduos legítimos que buscam acesso aos Estados Unidos e a seus mercados. Segundo o comunicado, “nenhum tribunal estrangeiro pode invalidar as sanções dos Estados Unidos — ou poupar alguém das consequências graves de violá-las”. Este tom de advertência pode afetar a percepção e as relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos.
Além disso, o escritório do governo Trump reiterou que cidadãos dos Estados Unidos estão proibidos de realizar transações com Moraes. O comunicado enfatizou que “pessoas de fora dos Estados Unidos devem agir com cautela: aqueles que fornecerem apoio material a violadores de direitos humanos enfrentarão riscos de sanções”. Essa abordagem ressalta a posição firme do governo americano em relação a questões de direitos humanos e a sua disposição em tomar medidas rígidas contra aqueles que considera culpados de tais violações.
A postagem realizada pelo Departamento de Estado também foi replicada pela conta da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, o que demonstra a seriedade com que o governo americano aborda a situação. O impacto dessa comunicação se estende além das relações bilaterais, pois envia um sinal claro ao mercado sobre as consequências de se associar a figuras controversas na política brasileira.
Esse episódio evidencia a crescente tensão entre as autoridades brasileiras e os Estados Unidos, particularmente no que se refere a questões legais e direitos humanos. A posição firme de Moraes em continuar com as investigações sobre a trama golpista contrasta diretamente com as críticas que vêm sendo direcionadas a ele. O cenário atual gera incertezas sobre como as relações diplomáticas e comerciais entre os dois países poderão se desenvolver nos próximos meses, especialmente à luz das recentes declarações e ações implementadas por ambas as partes.
