Os senadores da Bahia Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) já se pronunciaram de forma clara e categórica contra o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no Senado. Com isso, Ângelo Coronel (PSD) se destaca como o único representante baiano ainda sem uma posição definida sobre o assunto.
Até o momento, 33 senadores se manifestaram favoráveis ao afastamento de Moraes, enquanto outros 19 se posicionaram contrários à proposta. Além disso, 28 senadores, incluindo Coronel, permanecem com seus votos indefinidos. Esse “placar” foi apresentado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em seu perfil na rede social X.
A decisão sobre dar prosseguimento ou não a um pedido de impeachment de um ministro do STF cabe ao presidente do Senado. Para que a destituição de Moraes seja confirmada, são necessários 54 votos, o que equivale a dois terços do plenário.
Embora Ângelo Coronel se posicione como aliado do PT na Bahia, ele já demonstrou uma postura mais independente em Brasília. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alguns o viam como um aliado próximo. Essa postura gerou desconfiança entre os petistas, que questionam a fidelidade do senador. O parlamentar busca se manter na chapa liderada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) para tentar a reeleição em 2026, o que pode influenciar sua decisão sobre o impeachment.
As movimentações em torno do impeachment de Alexandre de Moraes revelam não apenas as divergências políticas entre os senadores, mas também as estratégias e alianças que estão sendo formadas na corrida eleitoral. No cenário atual, o apoio e a oposição ao ministro estão divididos, refletindo a polarização que caracteriza o ambiente político brasileiro.
Enquanto os senadores da Bahia se posicionam, a pressão sobre Coronel aumenta, visto que sua decisão poderá impactar diretamente as dinâmicas políticas na região. A posição indefinida do senador pode ser vista como uma tentativa de equilibrar interesses e garantir apoio para suas futuras aspirações políticas.
Assim, a questão do impeachment de Alexandre de Moraes se torna um tema central no debate político, e a postura dos senadores baianos poderá moldar as próximas etapas dessa discussão. O desfecho dessa questão ainda é incerto, mas já provoca reflexões e movimentações nos bastidores do Senado.