O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, fez duras críticas nesta segunda-feira (28) às declarações do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre os alarmantes índices de violência na Bahia. Durante uma entrevista concedida a um pool de rádios em Barreiras, no oeste do estado, Jerônimo descreveu a crise de segurança pública como um “tema internacional” e afirmou que “a Bahia é um estado de paz”.
Em coletiva de imprensa realizada em Itabuna, ACM Neto não hesitou em rebater as declarações do governador. “Eu vi agora há pouco o governador dando uma entrevista em Barreiras, falando sobre segurança pública: ‘Ah não, o problema é um problema mundial, é um problema nacional’. Mas o que queremos saber é sobre o problema da Bahia. O que ele, como governador, pode fazer para resolver a situação na Bahia? Não é de nenhum outro lugar, certo?”
A resposta de ACM Neto ocorreu após Jerônimo tentar minimizar os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que aponta a Bahia como o estado com o maior número absoluto de Mortes Violentas Intencionais (MVI) em 2024, totalizando 6.036 registros. Ademais, cinco das dez cidades mais violentas do Brasil estão localizadas na Bahia, incluindo Jequié, Juazeiro, Camaçari, Simões Filho e Feira de Santana.
Quando questionado sobre que nota daria ao governo estadual, ACM Neto afirmou: “É difícil você atribuir uma nota específica. Mas diria que a gestão atual está literalmente no vermelho. A cor deles é o vermelho, né? Portanto, uma nota vermelha representa uma avaliação baixa, reprovada. Essa gestão está muito distante de atender os anseios dos baianos. Posso garantir que é uma nota bem baixa, uma nota de reprovação. Isso reflete o pior governador da história da Bahia, que é Jerônimo Rodrigues.”
ACM Neto também criticou a falta de humildade do governador ao não reconhecer os problemas enfrentados pela gestão. Ele destacou: “Quando eu faço política, é sempre com o intuito de ver melhorias. Não estou aqui para apontar problemas torcendo contra, mas é difícil, porque o governador não demonstra humildade.”