O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou que não tem a intenção de retornar ao Brasil devido ao receio de que uma ordem de prisão seja emitida contra ele. A afirmação foi feita durante uma breve entrevista nos Estados Unidos ao portal UOL. “Para não ser preso, tá louco”, disparou o parlamentar, evidenciando sua preocupação com possíveis repercussões legais.
Mesmo com seu afastamento, Eduardo Bolsonaro não esclareceu como pretende cumprir suas obrigações parlamentares à distância. Recentemente, ele solicitou uma licença de 120 dias para se afastar de suas funções, período que se encerrou no último domingo (20).
O deputado foi avistado em um parque infantil no aeroporto de Miami, onde comentou que está nos EUA para participar de um evento que organizou com brasileiros que residem na cidade texana, onde vive com sua família. O parlamentar parece estar aproveitando a oportunidade para se conectar com a comunidade brasileira no exterior.
Além disso, Eduardo Bolsonaro revelou que seu “sonho” é “colocar o ministro Alexandre de Moraes na cadeia, assim como ele tem feito com muita gente”. O ministro Alexandre de Moraes enfrenta 26 pedidos de impeachment protocolados no Senado, com 13 deles focados em sua atuação na Suprema Corte.
Na última sexta-feira (25), o parlamentar afirmou que os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), podem enfrentar o risco de terem seus vistos suspensos e sofrer sanções por parte do governo dos EUA. Essa situação ocorreria caso não apoiassem determinadas pautas, como o impeachment de Moraes e a aprovação da anistia na Câmara.
Tramitação dos pedidos de impeachment
Os pedidos de afastamento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não resultaram em nenhum afastamento até o momento. O processo depende do julgamento do plenário do Senado, após a elaboração de um parecer técnico pela advocacia da Casa e a análise realizada por uma comissão especial composta por senadores indicados pelos líderes partidários. O acusado tem o direito à ampla defesa e precisa responder às acusações dentro de um prazo máximo de 10 dias após a abertura da comissão.