O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), fez comentários sobre os alarmantes dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que revelaram que o estado ocupa a segunda posição no ranking de violência do país. O estudo indica que cinco das dez cidades mais violentas do Brasil estão localizadas na Bahia, com Jequié destacando-se na segunda posição do ranking nacional. Segundo a pesquisa, a escalada da violência no estado é impulsionada principalmente pelo avanço do crime organizado e pelas disputas acirradas entre facções pelo controle do tráfico de drogas.
Em uma entrevista concedida à TV Oeste, Jerônimo atribuiu a responsabilidade pelo aumento da violência ao tráfico interestadual de armas e drogas, enfatizando a necessidade urgente de ações coordenadas com o governo federal. Ele sublinhou que o estado da Bahia não é produtor de armamentos nem de drogas, e que essa questão complexa é originada de fora de suas fronteiras. O governador também mencionou que manteve diálogos constantes com o presidente Lula e evidenciou a colaboração com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, que visam combater o crime organizado nas fronteiras do país.
Além disso, Jerônimo destacou as medidas que já foram implementadas e os resultados positivos obtidos desde 2024, apontando uma redução nos índices de violência. Ele compartilhou que novas iniciativas estão em andamento, como a entrega de novas delegacias, viaturas e equipamentos, além de investimentos significativos em inteligência e na capacitação das forças de segurança. A agenda administrativa do governo foi transferida para o oeste da Bahia, onde novas ações estão previstas para serem implementadas nos próximos dias.
Para enfrentar essa grave situação, o governador afirmou que a parceria entre os diversos órgãos de segurança pública é essencial. Ele manifestou que o envolvimento da sociedade civil e o fortalecimento das políticas públicas também são fundamentais para que a população possa viver em um ambiente mais seguro. A implementação das novas iniciativas visa não apenas reduzir a criminalidade, mas também promover a paz e a segurança nas comunidades mais afetadas pela violência.
