Parlamentares da base aliada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram de forma virtual na manhã desta sexta-feira (18) para discutir uma resposta à operação da Polícia Federal, que resultou em medidas cautelares contra o líder da direita. A oposição se articula para solicitar a suspensão do recesso parlamentar e a votação de propostas que visam limitar as decisões individuais no Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre as medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, destacam-se o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno e a proibição do uso de redes sociais. Em resposta a essas restrições, oposicionistas planejam pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para convocar o Congresso durante o recesso, buscando um retorno imediato às atividades legislativas.
O foco central dessa mobilização recai sobre duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs): uma que pretende restringir as decisões monocráticas de ministros do STF e outra que busca extinguir o foro privilegiado para autoridades em casos de crimes comuns. A intenção é promover uma discussão ampla sobre a atuação do Judiciário e suas implicações para a política brasileira.
De acordo com o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), a proposta é que um manifesto, assinado por todos os partidos de oposição, seja apresentado já na próxima segunda-feira (21). “Será elaborado um manifesto para que o Congresso retome suas funções”, afirmou. Essa ação busca unir forças entre os diferentes segmentos da oposição em torno de um objetivo comum, visando uma mobilização efetiva contra as medidas impostas.