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Eduardo Bolsonaro busca incluir Moraes em lei de sanções a autoridades estrangeiras

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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) tem intensificado suas articulações com autoridades da Casa Branca, com a intenção de promover sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (17) pelo jornal americano The Washington Post.

De acordo com a reportagem, Eduardo vem realizando um lobby junto ao governo dos Estados Unidos para incluir Alexandre de Moraes na chamada Lei Magnitsky. Este instrumento legal permite a imposição de sanções a autoridades estrangeiras que tenham se envolvido em violações de direitos humanos ou corrupção.

Se essa medida for efetivada, o plano do deputado, conhecido como filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), poderá acentuar ainda mais as tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Fontes consultadas pelo The Washington Post revelam que integrantes do governo do ex-presidente Donald Trump têm considerado essas sanções nas últimas semanas, chegando a elaborar uma minuta da ordem para sua aplicação. Contudo, essa proposta foi rejeitada pelo Departamento do Tesouro americano. O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), responsável pela implementação das sanções, também se posicionou contra a medida.

Além disso, especialistas que analisaram o caso sugerem que as ações de Eduardo Bolsonaro podem estar fornecendo conselhos que prejudicam a relação bilateral entre os dois países. Um deles afirmou: “As pessoas acreditam que Trump tem uma chave de fenda no bolso, mas, na verdade, ele saca um martelo.” Essa declaração ilustra a tensão que permeia as interações políticas e diplomáticas atuais.

O episódio destaca as complexidades das relações políticas entre autoridades brasileiras e os Estados Unidos, especialmente considerando as disputas internas no Brasil. A influência de figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro também deve ser levada em conta neste contexto, já que suas ações refletem um interesse em alterar a dinâmica das relações internacionais.

O cenário, portanto, não apenas evidencia as tensões entre os poderes no Brasil, mas também ilustra a maneira como essas disputas internas podem ressoar em esferas internacionais. A possibilidade de sanções contra um ministro do STF por parte do governo dos EUA, caso siga adiante, poderia estabelecer um precedente preocupante e desafiar as normas de respeito à soberania nacional.

Com esse panorama em mente, observa-se que as relações entre Brasil e Estados Unidos permanecem em um estado delicado, onde ações de indivíduos podem impactar significativamente a diplomacia entre as nações. O desenrolar desse caso certamente continuará a ser monitorado por especialistas e observadores políticos.

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