O presidente do PL-Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, comentou recentemente sobre a taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, atribuindo essa medida à política externa inadequada do governo de Luís Inácio Lula da Silva. Durante uma entrevista no programa Linha de Frente da Rádio Antena 1, em Salvador, Roma enfatizou: “É evidente que ninguém se alegraria com uma taxação tão alta, mas é necessário apontar o verdadeiro responsável por essa situação: a política externa de Lula”.
O ex-ministro acredita que, apesar dos desafios, há uma chance de o ex-presidente Jair Bolsonaro recuperar seus direitos políticos para concorrer nas eleições de 2026. Ele criticou a condução da política externa sob a liderança de Lula, afirmando que o Brasil está se distanciando das diretrizes do que considera um mundo civilizado. “Até o presidente Vladimir Putin fez comentários sobre a questão do dólar, esclarecendo que a crítica não partiu do BRICS, mas sim de Lula. Além disso, a Índia já demonstra interesse em se afastar do BRICS”, destacou Roma.
O presidente do PL-Bahia também expressou sua preocupação com a postura do atual governo, que, segundo ele, parece fazer piadas sobre questões sérias enquanto se envolve com grupos considerados terroristas. “Enquanto o presidente faz brincadeiras com jabuticabas, ele também se conecta com organizações que não estão alinhadas com os valores que o mundo civilizado demanda: rastreabilidade do dinheiro, cumprimento das leis e uma série de exigências que o Brasil parece ignorar”, argumentou.
Roma fez uma análise contundente sobre o crime organizado no Brasil, defendendo a necessidade de classificação de facções como o PCC como organizações terroristas. Ele exemplificou a brutalidade dessas facções ao relatar um caso recente em Eunápolis, onde uma jovem foi brutalmente assassinada e seus restos mortais foram espalhados pela cidade. “Se isso não é uma organização terrorista, então o que é? É inaceitável”, questionou Roma, expressando sua indignação.
Ao final da entrevista, Roma reafirmou sua pré-candidatura ao governo do Estado, criticando os 20 anos de domínio do PT na Bahia. “Infelizmente, a Bahia tem ficado para trás em comparação a estados como Espírito Santo, Minas Gerais, Sergipe e Goiás. Este último, que tinha um PIB muito inferior ao nosso, agora se aproxima do nosso. Com impostos mais altos, a Bahia não consegue atrair novos investimentos, e isso só tem prejudicado a vida de todos os baianos”, finalizou Roma, em uma análise que reflete sua visão sobre o futuro econômico do estado.