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Motta critica aumento do IOF: ‘Ignorar o Congresso não é o melhor caminho’

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta sexta-feira (4) que o Congresso permanece aberto ao diálogo com o Judiciário e o Executivo acerca do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No entanto, ele enfatizou que não aceitará ser atropelado nas decisões. Segundo Motta, o aumento do imposto teria um impacto direto na população, desafiando a ideia de que a medida afetaria apenas os mais abastados.

A afirmação ocorreu em Lisboa, horas antes de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu tanto o decreto do governo Lula, que propunha o aumento do IOF, quanto o decreto legislativo que buscava derrubar essa medida. Além disso, Moraes convocou uma audiência de conciliação entre os Poderes, agendada para o dia 15 de julho, que contará com a participação da Presidência da República, do Congresso e da Procuradoria-Geral da República.

Hugo Motta ressaltou que a maioria dos membros do Congresso se opõe ao aumento de impostos como solução para os problemas fiscais enfrentados pelo país. Ele argumentou que o Legislativo está comprometido em apresentar alternativas que ajudem a equilibrar as contas públicas. O presidente da Câmara destacou a necessidade de um diálogo construtivo entre os Poderes, ressaltando que somente assim será possível encontrar soluções conjuntas para os desafios econômicos que o Brasil enfrenta.

Esse contexto revela uma tensão crescente entre os Poderes Executivo e Legislativo, especialmente em um momento em que a população já se sente pressionada por diversas crises econômicas. O aumento do IOF, que poderia ser visto como uma solução rápida para a arrecadação, é considerado por muitos como um peso adicional sobre a população, que já enfrenta altos custos de vida e inflação.

Além disso, o presidente da Câmara reafirmou a importância de um planejamento fiscal mais sólido, que não sobrecarregue a população, mas que também não comprometa os serviços públicos essenciais. Ele instou a necessidade de um entendimento que leve em conta as vozes dos cidadãos, que são os mais afetados por estas decisões fiscais.

Portanto, a busca por soluções equilibradas e justas é um compromisso que deve ser assumido por todos os envolvidos. A audiência marcada por Moraes promete ser um espaço onde essas questões poderão ser debatidas, com a expectativa de que o diálogo entre os Poderes se traduza em ações efetivas que beneficiem a sociedade como um todo.

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