Nos bastidores da política baiana, o deputado federal Alex Santana (Republicanos) já deixou claro que não almeja a reeleição para a Câmara dos Deputados em 2026. Essa decisão, que foi comunicada aos líderes da igreja Assembleia de Deus, da qual o parlamentar é pastor, reflete um desejo íntimo e pessoal. Contudo, Alex tem compartilhado com seus aliados que sua intenção é continuar ativo na política e que estaria aberto a compor a chapa majoritária do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), em 2026, mesmo que isso signifique assumir o papel de suplente de senador.
A trajetória política de Alex Santana teve início em 2018, quando foi eleito pelo PDT. No entanto, divergências ideológicas com seu antigo partido o levaram a migrar para o Republicanos. Sua reeleição em 2022 foi marcada por uma votação expressiva, que teve como um dos fatores determinantes o suporte da sua igreja, o que demonstra a força da sua base eleitoral.
Entre os aliados mais próximos de Alex, destaca-se o deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos), que deve permanecer ao seu lado nas movimentações políticas futuras. A parceria entre os dois, que conquistou notoriedade sob a alcunha de “dupla café com leite”, agora busca novas estratégias para se adaptar ao novo cenário eleitoral que se desenha para 2026.
Com a anunciada saída de Alex Santana da disputa, a Assembleia de Deus já começa a sondar possíveis candidatos para substituí-lo nas eleições de 2026. Um dos nomes cotados para assumir a vaga é o vereador de Lauro de Freitas, Abraão Reis (Republicanos). A escolha de um novo candidato envolve não apenas a questão da continuidade da liderança política, mas também a manutenção da influência da Assembleia de Deus no cenário político da Bahia.
Essa movimentação dentro da política baiana evidencia a dinâmica das alianças e a preocupação dos partidos em se reestruturar para enfrentar as próximas eleições. A ausência de Alex na disputa pela Câmara pode abrir espaço para novas lideranças, mas também representa um desafio para a manutenção do apoio da base religiosa que o parlamentar soube cultivar. Assim, a expectativa é que essa fase de transição seja acompanhada de perto, tanto por eleitores quanto por analistas políticos, que buscam compreender as implicações dessas mudanças no cenário eleitoral da Bahia.