Na última quarta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da participação popular na independência do Brasil, enfatizando a necessidade de que a população conheça a história do país além das narrativas oficiais. O presidente fez essas declarações durante sua presença nas celebrações dos 202 anos da Independência, realizadas em Salvador (BA).
“Quero estimular a produção de uns dez filmes históricos sobre o Brasil para que o povo possa compreender a história que motivou tantas lutas e conquistas neste país, que frequentemente não são conhecidas. A maioria das pessoas apenas tem acesso à história contada de forma oficial”, afirmou Lula em entrevista à TV Bahia, antes do início das festividades na capital baiana.
O presidente lembrou que o processo de independência do Brasil envolveu batalhas populares em diversas regiões, com um marco significativo na Bahia. Ele salientou: “A mesma porta pela qual os portugueses entraram, eles saíram. E foi a Bahia que estabeleceu esse marco. Esta celebração homenageia a coragem do povo baiano e, especialmente, de três mulheres que tiveram um papel crucial aqui na Bahia”, referindo-se a Maria Felipa de Oliveira, Maria Quitéria e Joana Angélica, heroínas na luta contra os colonizadores portugueses.
Em 2 de julho de 1823, os movimentos populares da Bahia conseguiram expulsar, de forma definitiva, as tropas de Portugal que ainda resistiam à independência, proclamada no ano anterior, em 7 de setembro, por Dom Pedro II.
No dia anterior, terça-feira (1º), o presidente enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que propõe tornar o dia 2 de julho o Dia Nacional da Consolidação da Independência do Brasil. “Esse reconhecimento é de grande importância para a Bahia, pois valoriza a história do povo baiano e tem um significado relevante para o Brasil como um todo. Isso será registrado nos livros de história e nos materiais didáticos distribuídos nas escolas, tanto para crianças quanto para o ensino médio”, argumentou Lula.
Conforme o presidente, a proposta não visa criar um novo feriado nacional, mas sim reconhecer a relevância do dia 2 de julho na trajetória do Brasil. A iniciativa busca enriquecer o conhecimento histórico da população, permitindo que as futuras gerações compreendam melhor os eventos que moldaram a nação. Com essas ações, Lula pretende fomentar um maior interesse e entendimento sobre a história do Brasil, despertando um senso de patriotismo e identidade entre os cidadãos. Com informações da Agência Brasil.
