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Dirceu indica Rui Costa como provável sucessor de Lula em 2030

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Em uma entrevista concedida à GloboNews na terça-feira (17), o ex-ministro José Dirceu (PT) apontou o atual chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), como um dos possíveis candidatos para suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2030. Reconhecido como um dos principais articuladores históricos do Partido dos Trabalhadores, Dirceu enfatizou que a sucessão de Lula deve ser vista como uma continuidade do projeto político do PT, e não como uma mera disputa individual.

“O sucessor do Lula é o PT, por isso estamos em processo de reorganização. É o PT. Sem um partido forte, não adianta ter um candidato”, declarou Dirceu. Ele também mencionou outros nomes relevantes dentro do partido que têm potencial para a corrida presidencial, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro da Educação, Camilo Santana; e o senador Jaques Wagner (PT-BA), ex-governador da Bahia.

Apesar de projetar esses nomes para 2030, Dirceu frisou que, em sua perspectiva, Lula deve ser o candidato à reeleição em 2026. “Em 2026, o Lula é candidatíssimo”, destacou.

Críticas à atuação da esquerda

Durante a conversa, Dirceu também fez observações críticas sobre a atuação política da esquerda. Ele afirmou que há um distanciamento entre o discurso progressista e a realidade atual do país.

“A esquerda se debilitou muito, saiu dos territórios, não conseguiu se empoderar nas redes sociais. O discurso, muitas vezes, retrata um Brasil que já não existe mais”, comentou. Ele acrescentou que questões como segurança pública, trabalho precário e empreendedorismo ainda carecem de uma abordagem eficaz por parte dos representantes da esquerda. “Não conseguimos desenvolver uma política para a questão da segurança pública, nem um discurso convincente para abordar o trabalho precário, os aplicativos ou os empreendedores. E fomos nós que promovemos o empreendedorismo”, criticou.

Dirceu enfatizou a importância de a esquerda se reestruturar para recuperar sua relevância e se reconectar com as demandas da população. Ele acredita que, para que o PT continue a ser um protagonista no cenário político brasileiro, é crucial que o partido trabalhe em sua base e reforce sua presença em todos os segmentos sociais.

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