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Bolsonaro e aliados são interrogados no STF sobre tentativa de golpe

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Iniciam-se na tarde desta segunda-feira (9) os interrogatórios de oito réus implicados na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado ocorrida após as eleições de 2022. Dentre os convocados, destaca-se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que será ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável por relatar o caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Este marco representa a primeira vez que o chamado “núcleo crucial” da trama será interrogado diretamente pela Corte. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.

Os depoimentos estão programados para ocorrer até a próxima sexta-feira (14), reunindo todos os réus e seus advogados na sala de audiências da Primeira Turma do STF. Uma exceção é o general Walter Braga Netto, que se encontra preso desde dezembro e participará das oitivas por meio de videoconferência.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator da investigação, será o primeiro a depor. Após sua oitiva, os interrogatórios seguirão em ordem alfabética, abordando as declarações de Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e, por fim, Braga Netto.

Na última sexta-feira (7), Bolsonaro expressou sua intenção de comparecer ao depoimento “com a verdade”. Ele afirmou que não pretende “lacrar” ou desafiar o relator da ação. “Estarei lá com a verdade ao nosso lado. Não fugimos de qualquer chamamento”, declarou o ex-presidente, demonstrando sua disposição em colaborar com as autoridades.

A importância dessas audiências é evidente, pois representam um passo significativo no andamento do processo judicial. A participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, em particular, é vista como crucial, dado seu papel central na narrativa da investigação. Assim, a expectativa em torno dos depoimentos é alta, tanto entre os envolvidos quanto na sociedade civil.

A sessão será transmitida ao vivo pelo canal oficial do STF, permitindo que a população acompanhe o desenrolar dos interrogatórios em tempo real. Essa transparência é fundamental para garantir o direito à informação e a confiança do público nas instituições judiciais. À medida que os depoimentos se desenrolam, a atenção se volta para os desdobramentos que poderão influenciar não apenas a vida dos réus, mas também o cenário político do Brasil nos próximos anos.

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