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Impasse na Bahia pode comprometer fusão entre PSDB e Podemos

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A direção nacional do PSDB decidiu, em convenção realizada nesta quinta-feira (05), pela fusão do partido com o Podemos. No entanto, a situação delicada em relação à liderança da nova legenda na Bahia tem o potencial de comprometer as negociações, conforme apurado pelo Toda Bahia junto a fontes de ambas as agremiações.

Ambos os partidos almejam o controle da fusão no Estado, mas se encontram em lados opostos do espectro político, o que dificulta um entendimento. O Podemos integra a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) desde o fim das eleições de 2022, enquanto o PSDB se alinha ao grupo do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União).

Para contornar o impasse, o Podemos apresentou uma proposta ao PSDB, com o apoio da presidente nacional da legenda, a deputada federal Renata Abreu (SP). A proposta sugere que o Podemos fique com o comando do novo partido no Estado, enquanto o diretório de Salvador ficaria sob a liderança dos tucanos. No entanto, a proposta não foi aceita pelo PSDB.

Durante a convenção realizada em Brasília, o presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), defendeu que a liderança da nova agremiação resultante da fusão, caso seja oficializada, deve ficar sob a responsabilidade dos tucanos. “Nós temos a mesma quantidade de deputados federais, mas nosso número de deputados estaduais e vereadores em Salvador é maior (três contra um e cinco contra dois, respectivamente). Portanto, nada mais justo que o controle da fusão no Estado fique conosco. Contudo, estamos abertos ao diálogo com o Podemos, pois não queremos impor nada. Precisamos ouvir suas considerações. Inclusive, considero que eles devem ter liberdade para seguir o caminho que escolheram”, afirmou o edil ao site.

Por outro lado, uma fonte ligada ao Podemos ressaltou que Renata Abreu também não está disposta a aceitar que o PSDB assuma o comando da fusão na Bahia, o que pode causar um impasse nas negociações. A avaliação dentro do Podemos é de que o PSDB necessita muito mais da união para se manter competitivo nas eleições de 2026.

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