banner

Ministério da Saúde aprova produção de medicamento para doença rara com Bahiafarma

3 Min

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (29) a aprovação da proposta da Bahiafarma, em colaboração com a empresa Bionovis S.A., para a produção nacional do eculizumabe. Este medicamento é crucial no tratamento da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), uma condição rara e grave que afeta a medula óssea.

A decisão foi comunicada durante uma reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), que ocorreu na capital federal. A iniciativa tem como objetivo reduzir a dependência do Brasil em relação a medicamentos importados, e, segundo o Governo da Bahia, pode gerar uma economia superior a R$ 6,1 bilhões nos próximos dez anos. Em 2023, os gastos públicos com a importação do eculizumabe já ultrapassaram R$ 1 bilhão, evidenciando a urgência da produção local.

O projeto inclui a transferência total da tecnologia de produção, atualmente sob a responsabilidade da empresa sul-coreana Samsung Bioepis, parceira da Bionovis nesse empreendimento. A expectativa é que a estruturação da planta biotecnológica e a internalização completa da tecnologia sejam finalizadas em até dez anos, com os trabalhos iniciando imediatamente após a assinatura do Termo de Compromisso.

Durante o anúncio, a secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, ressaltou a importância estratégica dessa decisão. “É um avanço que fortalece o SUS e garante segurança assistencial para pacientes que não podem esperar”, afirmou. Sua fala reflete a urgência em garantir acesso a tratamentos essenciais.

A presidente da Bahiafarma, Ceuci Nunes, celebrou a aprovação e enfatizou que o projeto marca uma nova fase para a fundação. “Mostra que temos capacidade técnica e institucional para liderar um novo momento da ciência no país”, declarou, demonstrando otimismo em relação aos avanços na pesquisa e produção farmacêutica nacional.

A produção do eculizumabe faz parte de um pacote de nove novas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) aprovadas pelo Ministério da Saúde. Essas iniciativas totalizam mais de R$ 2 bilhões em aquisições anuais e são consideradas fundamentais para aumentar o acesso a tratamentos de alta complexidade, fortalecer a indústria farmacêutica nacional e reduzir a vulnerabilidade do Brasil no mercado internacional.

Compartilhe Isso