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Aliados em fuga: partidos da base ameaçam deixar governo e se alinham à direita para 2026

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A relação entre o governo Lula e os partidos que ocupam ministérios – como PP, União Brasil, PSD, MDB e Republicanos – enfrenta uma crise que se intensifica a cada dia. Essas siglas têm demonstrado crescente insatisfação com o Palácio do Planalto, dando sinais claros de aproximação com o grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A possibilidade de formar uma aliança de centro-direita visando as eleições de 2026 começa a tomar forma, gerando uma atmosfera de incerteza e descontentamento. Essa tensão se reflete em derrotas para o governo no Congresso, como a recente instauração da CPI do INSS, as críticas ao aumento do IOF e o apoio à anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Parlamentares dessas legendas já expressam publicamente a intenção de entregar os cargos que ocupam na Esplanada.

Figuras proeminentes, como ACM Neto, do União Brasil, e Ciro Nogueira, do PP, têm trabalhado para articular o afastamento do governo e a construção de uma candidatura alternativa para as eleições presidenciais. Reuniões entre eles e Bolsonaro, além de aliados como Tarcísio de Freitas, associadas a eventos com forte presença bolsonarista, reforçam essa movimentação. Mesmo partidos como o Republicanos e o PSD, que ocupam ministérios importantes, enfrentam divisões internas e críticas à articulação política do governo. Deputados dessas bancadas afirmam que o Planalto não demonstra mais força ou habilidade para negociar com o Congresso, exacerbando a crise de confiança.

Com esse cenário em evolução, cresce a defesa da necessidade de um projeto comum entre governadores e líderes partidários que aspire a disputar a presidência em 2026. O ex-presidente Michel Temer tem buscado construir uma aliança programática entre esses grupos, embora mantenha uma postura cautelosa em relação à figura de Bolsonaro. Enquanto isso, gestos como a suspensão da ação contra Alexandre Ramagem e o apoio à CPI do INSS reforçam o distanciamento do bloco governista, indicando que a insatisfação é generalizada. A mensagem é clara: sem avanços na articulação política, o governo corre o risco de perder uma parte significativa de sua base de apoio antes mesmo do próximo ciclo eleitoral. Com informações do jornal O Globo.

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