A vereadora Ireuda Silva (Republicanos), que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Salvador, expressou seu veemente repúdio aos ataques machistas dirigidos à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado. Durante o evento, a ministra foi alvo de hostilidade por parte do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que declarou que, como ministra, ela não mereceria respeito, fazendo uma distinção ofensiva entre sua condição de mulher e sua função pública.
Para Ireuda, esse tipo de comportamento é um claro reflexo do machismo estrutural ainda enraizado nas instituições políticas do Brasil. A vereadora enfatizou que o respeito à dignidade das mulheres deve ser assegurado em todos os espaços, especialmente quando se trata de mulheres em posições de liderança. Ela expressou sua preocupação ao constatar que, em pleno 2025, mulheres que ocupam cargos de decisão continuam sendo alvo de ataques misóginos que visam desqualificá-las não por suas ideias, mas por sua condição de gênero.
A parlamentar também ressaltou a importância de que atitudes como essas sejam amplamente denunciadas e confrontadas com firmeza. Na visão de Ireuda, o Parlamento deve ser um espaço de debate democrático e não um ambiente de desrespeito. “Ataques como esse não ofendem apenas Marina Silva, mas todas as mulheres que lutam diariamente para conquistar espaços de poder com competência, ética e coragem”, afirmou Ireuda.
Ela argumentou que a hostilidade não apenas deslegitima a atuação de Marina, mas também perpetua um ciclo de desvalorização das mulheres na política. Em sua fala, Ireuda Silva convocou todos os membros do Parlamento a se unirem contra qualquer forma de misoginia que possa surgir dentro das esferas governamentais. A luta pela igualdade de gênero, segundo ela, deve ser uma prioridade para todos os representantes do povo.
A vereadora pediu que a sociedade civil e outros setores políticos se mobilizem para criar um ambiente respeitoso e igualitário. Para Ireuda, é essencial que a política se distancie de práticas que rebaixam a dignidade humana e que as instituições adotem uma postura firme contra a violência de gênero, que pode se manifestar de várias formas, incluindo o discurso público. O respeito às mulheres que ocupam posições significativas é um passo fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.