Durante a sessão ordinária realizada nesta segunda-feira (26), a vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) compartilhou um desabafo impactante sobre a invasão ocorrida no Centro de Cultura da Câmara Municipal, no último dia 22, onde servidores e parlamentares foram agredidos por indivíduos que se autodenominavam sindicalistas. A vereadora expressou seu profundo temor em decorrência dos eventos, que a levaram a uma sensação de insegurança comparável àquela vivida em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes vandalizaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília.
No seu relato, Marcelle revelou que, durante a invasão, vários de seus assessores foram atacados, enquanto ela e outros funcionários buscaram abrigo em um banheiro, temendo um possível atentado. “Nunca havia sentido tanto medo na minha vida quanto naquele dia. Meu temor era que algo acontecesse comigo e que eu não tivesse quem criasse minha filha, que tem apenas 1 ano de idade. Algumas servidoras se sentiram tão ameaçadas que barricaram portas com geladeiras, temendo por suas vidas, pois os invasores estavam armados e portavam sprays de pimenta”, relatou a vereadora, visivelmente emocionada.
A situação foi descrita como caótica, com gritos e apreensões dominando o ambiente. Vários dos presentes na Câmara Municipal sentiram a pressão e o pânico, muitos se perguntando se escapariam ilesos daquela situação inesperada e aterrorizante. Marcelle Moraes enfatizou que a invasão não apenas afeta a segurança dos parlamentares, mas também compromete a integridade e a confiança nas instituições democráticas. “Não é apenas uma questão de segurança pessoal. Isso atinge toda a estrutura do nosso sistema democrático e o respeito que a sociedade deve ter pelos seus representantes”, afirmou.
A vereadora ainda ressaltou a importância de a Câmara Municipal tomar medidas efetivas para garantir a proteção de todos os que trabalham e frequentam a casa legislativa. Para Marcelle, ações preventivas e um reforço na segurança são imprescindíveis para evitar que episódios como este se repitam. “Precisamos de um ambiente seguro para trabalhar e legislar em prol da população. A violência não pode ser normalizada em espaços onde a democracia deve prevalecer”, concluiu.
O relato de Marcelle Moraes gerou repercussão nas redes sociais, com apoio de diversos cidadãos que se manifestaram contra a violência e a favor de um diálogo respeitoso entre as diferentes correntes de pensamento. A busca por soluções que garantam a segurança e a integridade dos servidores públicos e parlamentares se torna cada vez mais urgente, à medida que a sociedade clama por um ambiente onde a democracia possa florescer sem o medo da violência.