Hilton Coelho, deputado estadual pelo Psol, manifestou sua indignação diante das articulações da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, que visam sua convocação ao Conselho de Ética. Essa movimentação surge após sua participação em um protesto de servidores municipais, que resultou em um tumulto no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador.
Coelho utilizou suas redes sociais para afirmar que está sendo alvo de uma verdadeira perseguição por se posicionar em favor das reivindicações do funcionalismo público. “Lutar não é crime. Para a extrema-direita, conhecida por defender golpistas e corruptos, lutar pela educação e pelos direitos dos servidores é algo condenável”, escreveu o parlamentar em sua conta.
Essa crítica de Hilton Coelho ocorre em meio à discussão de um projeto de lei, elaborado pela Prefeitura de Salvador, que aborda um reajuste salarial para os servidores municipais. A proposta enfrenta resistência de professores e sindicatos, que organizam atos contrários à sua tramitação na Câmara Municipal.
Coelho nega ter incitado a ocupação e acusa aliados do prefeito Bruno Reis (do União Brasil) de tentarem silenciar as vozes críticas. “Os vereadores, a serviço do prefeito, criminalizam aqueles que lutam pela educação, mas se calam diante de escândalos como o da Operação Overclean, que revela desvios bilionários”, afirmou em um vídeo publicado no Instagram.
O deputado criticou ainda o que considera uma “inversão de valores” nas instituições. “As professoras e os servidores que protestam são tratados como criminosos, enquanto aqueles que desviam dinheiro público são protegidos pelos aliados do governo”, declarou Coelho.
Até o presente momento, não há confirmação oficial sobre a abertura de um procedimento no Conselho de Ética da AL-BA. Em nota, Hilton Coelho reafirmou que seu mandato permanecerá “comprometido com a resistência popular” e assegurou que não aceitará tentativas de cassação por defender serviços públicos.