O deputado estadual Tiago Correia (PSDB), líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), voltou a manifestar sua insatisfação em relação ao elevado número de empréstimos solicitados pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), os quais têm sido aprovados sem o devido debate. Nesta terça-feira, dia 13, o plenário da Assembleia aprovou, com votos contrários da oposição, dois novos pedidos que somam um total de R$ 4,5 bilhões.
“O governo, com a habitual pressa, mobilizou sua bancada para aprovar mais R$ 4,5 bilhões em empréstimos em regime de urgência, sem discutir adequadamente o assunto nas comissões temáticas da Casa ou explicar detalhadamente como esses recursos serão utilizados”, criticou Correia, enfatizando o ritmo acelerado e sem transparência das aprovações.
O parlamentar destacou que, desde o início de 2023, a Assembleia recebeu 18 pedidos que totalizam impressionantes R$ 18,2 bilhões. “Isso representa uma média de um pedido de R$ 1 bilhão a cada 45 dias”, apontou o líder da oposição, ressaltando a frequência alarmante em que esses empréstimos têm sido solicitados.
De acordo com Tiago Correia, o governador parece ignorar o funcionamento regular do Legislativo e tem transformado a Assembleia em um “mero balcão de crédito”. “Essa condução é, sem dúvida, completamente inadequada e impõe um endividamento assustador para o futuro da Bahia. A falta de transparência é preocupante e a maneira como o governador tem agido não condiz com a responsabilidade que o cargo exige”, afirmou.
Além das preocupações sobre a transparência e a gestão dos recursos, Correia salientou que a velocidade com que os empréstimos são aprovados pode comprometer a capacidade do Estado de honrar suas obrigações financeiras no futuro. “O que se observa é uma corrida desenfreada para aprovar empréstimos sem a devida análise e discussão, o que pode resultar em sérios problemas fiscais para o Estado”, alertou.
A crítica de Tiago Correia reflete um sentimento crescente entre os opositores do governo, que demandam mais clareza e responsabilidade nas decisões financeiras que impactam diretamente a vida da população. “É fundamental que as decisões do governo sejam discutidas e discutidas em profundidade, garantindo que os recursos públicos sejam utilizados de maneira eficiente e responsável”, concluiu.
