No recente processo eleitoral interno do Partido dos Trabalhadores na Bahia, que resultou na escolha do atual presidente Éden Valadares em 2019, a corrente majoritária do partido, conhecida como CNB (Construindo um Novo Brasil), não conseguiu unir suas forças de maneira coesa. Um grupo aderiu ao movimento da chapa Renova CNB, que acabou vencendo o congresso, enquanto outro segmento optou por apoiar a candidatura de Ellen Coutinho com a chapa CNB 400.
Agora, com vistas à disputa de 2025, o cenário se apresenta semelhante, mas com uma mudança significativa: Jonas Paulo, que presidiu o PT até 2012, mudou de lado e agora é o candidato da chapa CNB 400. Por sua vez, a Renova CNB lançou a candidatura de Tássio Brito, que conta com o apoio de diversos outros grupos, como a Resistência Socialista, o Movimento PT, a Esquerda Popular Socialista, a Avante, o Quilombo Socialista e a Tribo.
Na tarde de ontem (13), em Brasília, o chefe de gabinete do senador Jaques Wagner e pré-candidato a deputado federal, Lucas Reis, foi o único representante da CNB da Bahia a participar do lançamento da candidatura de Edinho Silva, ex-ministro e ex-prefeito de Araraquara, à presidência nacional do PT. O evento também contou com a presença do influente líder petista José Dirceu. Considerado como o candidato preferido do presidente Lula para assumir a liderança do partido, Edinho apoiou a iniciativa da Renova CNB de buscar uma maior unidade na disputa pelo Diretório Estadual da Bahia. “Edinho reconhece que é tempo de unir forças e buscar a unificação, pois os desafios para 2026 são maiores do que as nossas divergências internas no PT”, comentou Lucas.
Durante sua última visita à Bahia, Edinho Silva destacou a importância do PT baiano, afirmando: “O que é feito na Bahia deve servir de referência para todo o Brasil”.
