O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, voltou a criticar a gestão da segurança pública na Bahia. Em um vídeo publicado nesta segunda-feira (12) em suas redes sociais, após a divulgação do Atlas da Violência 2025, Neto responsabilizou o governador Jerônimo Rodrigues (PT) pela “pior crise de segurança da história do estado”.
Segundo o levantamento, a Bahia lidera, pelo décimo ano consecutivo, o ranking nacional de homicídios em números absolutos, registrando 6.616 mortes em 2023. O estado continua à frente de todos os outros, incluindo São Paulo e Minas Gerais, que juntos totalizaram 5.838 homicídios. Esse cenário alarmante destaca a gravidade da situação e a necessidade urgente de uma resposta governamental eficaz.
A taxa de homicídios na Bahia também é alarmante, alcançando 43,9 por 100 mil habitantes, a segunda mais alta do país, superada apenas pelo Amapá. O relatório elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública reforça a concentração da violência letal nas regiões Norte e Nordeste, mostrando uma preocupante tendência de aumento da criminalidade.
ACM Neto questionou a ausência do governador, que se encontra na China, em um momento que ele considera crítico para o estado. “Gostaria de começar este vídeo perguntando: cadê o governador Jerônimo Rodrigues? Onde está ele enquanto a Bahia enfrenta a pior crise na área de segurança pública em toda a sua história?”, provocou Neto.
De acordo com o ex-prefeito, os dados do Atlas da Violência confirmam a “falência do estado” diante do crescimento das facções criminosas. “Infelizmente, os números divulgados hoje só ratificam o que temos denunciado: a derrota que o governador enfrenta para as facções criminosas e o crime organizado que dominam o território do nosso estado”, afirmou.
Ainda segundo Neto, o problema vai além da simples troca de nomes no comando da segurança pública. Ele argumenta que a questão reside na postura do governador: “Não se trata apenas de mudar o comandante-geral da polícia ou o secretário de segurança pública. É preciso mudar a postura do governador, que deve encarar os fatos, compreender a realidade e priorizar a política de segurança pública”, ressaltou.
“Peço e espero que o governo que nos governa há 20 anos desperte para a realidade, pois qualquer ação é necessária e precisa acontecer. Isso começa pelo reconhecimento do problema, algo que o governador Jerônimo Rodrigues, em sua postura omissa, infelizmente não faz em nosso estado”, completou Neto.