O presidente Lula (PT) formalizou, nesta segunda-feira (6), a troca no comando do Ministério das Mulheres. A ex-ministra Cida Gonçalves foi substituída por Márcia Lopes, que ocupou anteriormente o cargo de ministra do Desenvolvimento Social durante o segundo mandato de Lula. A mudança foi confirmada após uma reunião no Palácio do Planalto com ambas as ministras.
Desde o final de 2023, Cida Gonçalves enfrentava críticas tanto internas quanto externas. Sua permanência no cargo tornou-se insustentável após denúncias de assédio moral que, embora tenham sido arquivadas em fevereiro pela Comissão de Ética da Presidência, desgastaram ainda mais sua posição. No Planalto, a saída de Cida já era amplamente considerada certa desde o início do ano.
Apesar de contar com um orçamento reduzido, o Ministério das Mulheres assume um papel simbólico significativo no governo, especialmente por sua ligação direta com questões de equidade de gênero — uma das prioridades tanto do presidente quanto da primeira-dama Janja da Silva, que mantinha um contato constante com Cida Gonçalves.
Natural de Paraná e com 67 anos, Márcia Lopes é filiada ao PT desde a década de 1980 e possui um histórico marcante no ativismo social. Ela exerceu a função de ministra em 2010, no final do segundo mandato de Lula, e é irmã de Gilberto Carvalho, ex-ministro e atual secretário nacional de Economia Popular e Solidária.
Cenário político
Esta mudança marca a 12ª troca de ministros no atual governo. Na semana passada, Carlos Lupi (PDT) deixou o comando da Previdência em meio a investigações sobre fraudes no INSS, sendo substituído por Wolney Queiroz, que ocupava o cargo de número dois na pasta. Além disso, houve a saída de Juscelino Filho (União Brasil), que está envolvido em uma denúncia da PGR por desvio de emendas parlamentares.
