O deputado federal baiano Félix Mendonça Júnior, do PDT, foi mencionado como um dos possíveis substitutos de Carlos Lupi no comando do Ministério da Previdência Social, após a saída deste, ocorrida na última sexta-feira (2). Entretanto, o parlamentar desmentiu ter sido contatado para o cargo e destacou que aceitaria a posição somente se houvesse uma determinação do partido.
Em entrevista ao BNews, Félix declarou: “Não recebi sondagens nem convites. Isso pode ter sido uma ideia de algum baiano que levantou meu nome, ou de alguém no partido”. Segundo ele, “não teria maiores interesses. Apenas assumiria algo se houvesse uma direção partidária”.
A demissão de Carlos Lupi ocorreu em meio a uma controvérsia, já que nove dias antes, a Polícia Federal havia revelado investigações sobre um esquema envolvendo descontos indevidos em aposentadorias do INSS, resultando em um prejuízo estimado de R$ 6,5 bilhões entre 2019 e 2024. Em resposta ao ocorrido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Wolney Queiroz Maciel, ex-deputado federal e atual secretário-executivo da pasta, para assumir a liderança do ministério.
Félix Mendonça Júnior é um membro proeminente do PDT desde 1992, ocupando o cargo de presidente estadual do partido na Bahia e atuando como deputado federal em seu quarto mandato. Em 2023, o parlamentar apresentou 460 propostas legislativas e atuou como presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados.
Recentemente, sob a liderança de Félix, o PDT baiano oficializou seu retorno à base governista do estado, alinhando-se ao governador Jerônimo Rodrigues, do PT. Este acordo foi cuidadosamente construído com vistas às eleições de 2026, buscando fortalecer a legenda e formar chapas competitivas tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara Federal.
Com a nomeação de Wolney Queiroz, o Ministério da Previdência Social permanece sob a direção de um representante do PDT, garantindo a continuidade da representatividade do partido na Esplanada dos Ministérios.