A equipe médica que acompanha o ex-presidente Jair Bolsonaro informou, por meio de um boletim divulgado nesta sexta-feira (25) pelo Hospital DF Star, que foram descartadas complicações pós-operatórias ou a necessidade de novos procedimentos. O documento afirma que o paciente “apresenta-se estável clinicamente e sem novos picos de elevação da pressão arterial”.
Bolsonaro encontra-se internado desde o dia 13 de outubro em Brasília, onde passou por uma cirurgia no intestino e na parede abdominal. No boletim anterior, divulgado na quinta-feira, a equipe médica havia relatado uma piora na condição do paciente, caracterizada por um aumento da pressão arterial e deterioração dos exames laboratoriais hepáticos.
Conforme o boletim de hoje, foram adotadas medidas para controlar as alterações nos exames laboratoriais do fígado. Além disso, Bolsonaro foi submetido a tomografias de tórax e abdômen, cujos resultados foram compatíveis com uma evolução normal do pós-operatório, confirmando a ausência de complicações ou a necessidade de intervenções adicionais. O boletim destaca que o ex-presidente permanece na unidade de terapia intensiva (UTI), em jejum oral, e com uma pausa temporária na nutrição parenteral. Ele continua a receber fisioterapia motora e a seguir as orientações para a prevenção de trombose venosa.
O documento também enfatiza que a recomendação de não receber visitas se mantém, e ainda não há previsão para a alta da UTI. O boletim é assinado pelo chefe da equipe cirúrgica, Cláudio Birolini; pelos cardiologistas Leandro Echenique e Brasil Caiado; pelo coordenador da UTI, Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior; pelo diretor médico do DF Star, Guilherme Meyer; e pelo diretor-geral da instituição, Allisson Barcelos Borges.
Entenda
Bolsonaro se submeteu a uma cirurgia complexa para a extensa lise de aderências e reconstrução da parede abdominal. Este procedimento cirúrgico, que durou aproximadamente 12 horas, foi realizado sem intercorrências e não requereu transfusões de sangue. A obstrução que afetava o ex-presidente resultou de uma dobra do intestino delgado, a qual dificultava o trânsito intestinal. Durante a operação, a equipe médica conseguiu desfechar essa dobra e liberar as aderências.
Desde o atentado a faca que sofreu no abdômen durante a campanha eleitoral para a presidência em 2018, Bolsonaro já enfrentou múltiplos procedimentos e internações decorrentes de complicações relacionadas a sua saúde.
Com informações da Agência Brasil.