O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, fez uma crítica irônica às declarações do ministro da Casa Civil, Rui Costa, sugerindo que o petista deveria aprimorar seus conhecimentos em inglês para evitar confusões entre “hemp” e “respirador”. Essa provocação remete ao polêmico episódio de 2020, em que o Consórcio Nordeste, sob a liderança de Rui enquanto governador da Bahia, adquiriu respiradores de uma empresa que, na verdade, comercializava produtos à base de maconha.
A operação, que envolveu um pagamento de cerca de R$50 milhões à empresa Hempcare, não resultou na entrega dos equipamentos prometidos. Atualmente, o caso é alvo de um inquérito da Polícia Federal. Em sua defesa, Rui Costa alegou que a contratação ocorreu devido à sua falta de “pleno domínio da língua inglesa”, uma justificativa que levantou ainda mais questionamentos. Para quem não sabe, “hemp” em inglês se refere à maconha, enquanto “care” significa cuidado.
Em sua crítica, ACM Neto afirmou: “Sugiro ao ministro estudar inglês para não confundir hemp com respirador. A falta de domínio dele da língua inglesa – conforme admitido em depoimento à Polícia Federal – resultou em um prejuízo aos cofres públicos de R$50 milhões. Cinco anos depois, Rui ainda não explicou o desaparecimento desse dinheiro.”
Durante uma entrevista em uma rádio de Feira de Santana, Rui Costa reagiu às críticas e negou que estivesse perseguindo membros do União Brasil. Ele ainda fez uma conexão entre ACM Neto e o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis, com a operação Overclean, que foi deflagrada pela Polícia Federal.
Por sua vez, ACM Neto não poupou palavras para rebater: “A verdade é que Rui Costa age movido pelo desespero. Diante da crescente insatisfação da população com o governo da Bahia e também com o governo federal, sem conseguir reverter os índices negativos por meio de ações concretas, o ministro recorre à velha tática de atacar adversários com inverdades.”
Além disso, Neto acrescentou: “Antes de lançar acusações contra o União Brasil, Rui Costa deveria olhar para o próprio entorno e agir com mais responsabilidade. O povo baiano ainda aguarda respostas e o ressarcimento do dinheiro público que desapareceu na compra dos respiradores fantasmas.”