A tradicional festa de São João não ocorrerá neste ano em Lauro de Freitas, cidade localizada na Região Metropolitana de Salvador. O cancelamento foi confirmado pela prefeita Débora Regis (União Brasil), que fundamentou sua decisão na grave crise financeira que o município enfrenta atualmente.
“Não temos condições de realizar a festa. Precisamos, antes de tudo, resolver a questão financeira da cidade”, afirmou a gestora, ao informar que os festejos juninos estão suspensos por tempo indeterminado. A prefeita destacou que a prioridade é estabilizar as finanças públicas e atender às demandas urgentes da população.
De acordo com Débora, a única chance de retomar as comemorações de São João dependerá da alocação de emendas parlamentares específicas, que poderiam cobrir integralmente a estrutura necessária para o evento e a contratação de atrações artísticas. “A probabilidade de não realizarmos o São João é muito alta. Qualquer evento que fizermos somente ocorrerá se conseguirmos emendas parlamentares, com as bandas e a estrutura financiadas externamente”, enfatizou.
No início de janeiro deste ano, a prefeita decretou estado de emergência e calamidade financeira em Lauro de Freitas. Segundo a administração atual, essa medida se fez necessária em decorrência do cenário fiscal deixado pela gestão anterior, liderada por Moema Gramacho (PT). A atual gestão busca reequilibrar as contas públicas e focar em áreas essenciais, como saúde e educação.
Com o cancelamento da festa, Lauro de Freitas se junta a outros municípios baianos que, diante de dificuldades financeiras semelhantes, decidiram priorizar investimentos em serviços essenciais, deixando os tradicionais festejos juninos de fora do calendário oficial. Essa decisão reflete uma tendência crescente entre as prefeituras da região, que enfrentam orçamentos apertados e a necessidade de atender a demandas prioritárias da população.
A suspensão dos festejos juninos em Lauro de Freitas gera repercussões significativas não apenas no aspecto cultural, mas também na economia local, que historicamente se beneficia do fluxo de pessoas que participam das festividades. A falta de eventos desse porte pode impactar o comércio e o turismo na região, exigindo uma adaptação rápida dos empresários locais.