A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) expressou seu arrependimento em relação ao incidente em que perseguiu um homem armado na véspera das eleições de 2022, em São Paulo. Em suas declarações, ela afirmou: “Deveria ter entrado no carro e ido embora.” Este episódio, amplamente noticiado, gerou controvérsias e críticas, levantando questões sobre a conduta de figuras públicas em momentos de tensão.
Além de refletir sobre suas ações, Carla Zambelli também revelou sentir-se abandonada por Jair Bolsonaro (PL), com quem manteve uma aliança significativa ao longo de sua trajetória política. A deputada discorda veementemente do ex-presidente, que, em suas recentes declarações, atribuiu a derrota de candidatos aliados, como ela, ao resultado das eleições, creditando a este episódio sua derrota para Lula (PT). “Não sou a única. Muitas pessoas também perderam a amizade do presidente nos momentos em que mais precisaram”, desabafou a parlamentar.
No último mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou uma maioria para condenar Carla Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, além de determinar a perda de seu mandato, devido a acusações de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com o uso de armamento. É importante destacar que o julgamento está atualmente suspenso, e a defesa da deputada busca reverter essa decisão no tribunal.
O episódio envolvendo Zambelli e sua relação com Bolsonaro reflete a complexidade do cenário político brasileiro, onde lealdades são frequentemente testadas e questões de ética e moralidade são levantadas. A parlamentar, que se destacou por sua atuação durante a campanha presidencial de 2022, agora enfrenta um momento delicado em sua carreira, enquanto a opinião pública observa atentamente o desenrolar do caso.
Este acontecimento não apenas coloca Carla Zambelli sob os holofotes, mas também levanta discussões sobre a segurança e o comportamento de políticos em situações de pressão. À medida que o país avança em um ambiente político polarizado, a condução desse tipo de situação por parte de representantes eleitos é analisada com rigor, uma vez que suas ações podem ter repercussões significativas no cenário político atual e futuro.