O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), manifestou sua insatisfação em relação ao afastamento imediato de Adolfo Menezes (PSD) da presidência da Casa. A decisão, proferida pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, pegou a todos de surpresa, segundo o parlamentar.
Em uma entrevista concedida à Tribuna da Bahia, Rosemberg afirmou: “Havia um questionamento jurídico que já era conhecido, mas a rapidez com que o resultado preliminar foi anunciado surpreendeu a todos nós”. O líder também destacou que a expectativa é que o caso seja levado ao plenário do STF até o dia 28 deste mês, o que permitirá uma análise mais aprofundada da situação.
“Nós vamos aguardar a conclusão deste processo. A deputada Ivana Bastos, que ocupa a vice-presidência, assumirá de forma interina até que a questão seja resolvida”, acrescentou Rosemberg. Ele expressou a confiança de que até o dia 28, a decisão do plenário do Supremo será apreciada, trazendo uma solução para a situação atual.
Apesar da determinação judicial, o deputado governista defendeu a legitimidade de Adolfo Menezes como presidente da Assembleia, ressaltando o forte apoio que o político recebeu de seus colegas durante a eleição para o cargo. “Acredito que a Casa não pode parar. É importante ressaltar o respeito que tenho por Adolfo Menezes, que obteve apenas um voto contrário em sua eleição. Isso é algo que pode ser doloroso”, observou.
Rosemberg enfatizou que, embora exista uma dimensão jurídica à questão, a legitimidade política de Adolfo não deve ser subestimada. “Do ponto de vista popular, os eleitores e os colegas da Casa validaram a escolha de Adolfo Menezes como presidente”, afirmou. Para ele, esse apoio político é fundamental em um momento de incerteza como o atual.
O líder do governo fez um apelo para que a Assembleia siga suas atividades normalmente, independentemente do desdobramento judicial. “A Assembleia não pode parar. É vital que continuemos a trabalhar em prol da população da Bahia. O respeito pela decisão judicial deve coexistir com a necessidade de manter as funções legislativas em andamento”, concluiu Rosemberg Pinto.