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Bolsa encerra 2021 com índice próximo ao início da pandemia Covid.

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O índice principal da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, conhecido como Ibovespa, encerrou a movimentação no último dia de pregão do ano com 120.283 pontos, registrado às 18h11 desta segunda-feira (30), apresentando uma ligeira alta de 0,01% em relação à sexta-feira.

O patamar atual está apenas 2% acima do registrado em 29 de dezembro de 2019, há cinco anos, quando o mercado fechou em 117.706 pontos. Um mês e meio depois, começou a queda vertiginosa puxada pela resposta global à pandemia de covid-19. Em 2024, o Ibovespa recuou 12.413 pontos, o que representa uma queda de 9,35%, sendo cerca de 75% disso registrado nos últimos 20 dias.

A estabilidade nas últimas 24 horas tem relação com a queda acentuada das ações da Aeris, empresa de materiais elétricos, da Braskem, produtora de insumos químicos, e da Azevedo & Travassos, empresa de engenharia. As três empresas acumularam perdas no valor das ações superiores a 50% ao longo do ano e foram destaque negativo no mercado hoje, com quedas respectivas de 31,29%, 19,20% e 10,48%. Por outro lado, as altas foram distribuídas, com destaque para os papéis da Americanas, que apresentaram um aumento de 20,39% hoje, compensando parte da queda registrada no ano, quando suas ações despencaram 93,19%.

A B3 irá retomar as negociações na próxima quinta-feira, dia 02 de janeiro. Costumeiramente, e diferente de 2020, o recesso nos 3 poderes e o ritmo calmo nos mercados externos costumam evitar grandes quedas e, ao contrário, apontar tendência de alta nos fechamentos do mês, nos últimos anos.

No que diz respeito ao dólar, a negociação da moeda norte-americana apresentou uma leve baixa em relação ao real nesta segunda-feira. O dólar à vista fechou em queda de 0,22%, cotado a R$ 6,179. No acumulado do ano, a moeda norte-americana registrou uma alta de 27,36%, a maior oscilação desde 2020, quando avançou 29,3% em relação ao real. O dólar abriu o ano cotado a R$ 4,891.

A queda foi impulsionada pela atuação direta do Banco Central nos mercados em dezembro, com a venda de US$ 15 bilhões somente neste mês, com o intuito de segurar o avanço das cotações. A disparada das cotações foi atribuída a incertezas em relação aos cortes de gastos de contas públicas e à oscilação nos mercados internacionais, além da especulação financeira de investidores e da mudança nas políticas de juros nos Estados Unidos.

O Boletim Focus elevou a previsão do preço do dólar para 2025 pela nona vez consecutiva. De acordo com o relatório, a previsão é que a moeda custe, em média, R$ 5,96 no próximo ano, refletindo um cenário de instabilidade cambial. Por sua vez, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada no Parlamento prevê uma taxa de câmbio média de R$ 4,98 para o próximo ano. Com informações da Agência Brasil.

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