O deputado federal Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da bancada de oposição na Câmara, expressou críticas em relação à aprovação das novas medidas econômicas do governo Lula (PT) com o intuito de conter os gastos públicos. Uma das principais preocupações levantadas pelo parlamentar diz respeito às alterações na concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), as quais têm gerado críticas por parte da população afetada pelas mudanças.
Alden também fez críticas aos gastos considerados excessivos do governo Lula com passagens aéreas e viagens. De acordo com informações do Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União, até o final do primeiro semestre de 2024, aproximadamente R$ 700 milhões foram gastos com viagens. Em 2023, o valor destinado a diárias e passagens aéreas foi de R$ 3,3 bilhões. O deputado questionou por que o governo não começa a cortar gastos justamente por essas despesas relacionadas a Lula.
Para Capitão Alden, as mudanças no BPC, que resultam na exclusão de pessoas com deficiência de grau leve do benefício, representam uma atitude desumana. Atualmente, existem 4,7 milhões de beneficiários do BPC no Brasil, sendo 577.410 somente na Bahia. O parlamentar destacou que sacrificar esses cidadãos em nome de um suposto corte de gastos é uma ação que prejudica idosos e pessoas com deficiência.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), garante um salário mínimo por mês ao idoso com 65 anos ou mais, ou à pessoa com deficiência de qualquer idade. No caso da pessoa com deficiência, é necessário que essa condição cause impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo, que a impeça de participar plenamente na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.
Em meio a esse cenário de críticas e debates, as medidas econômicas do governo Lula continuam gerando controvérsias e sendo alvo de análises por parte dos parlamentares e da sociedade em geral. A questão do corte de gastos e suas consequências para os beneficiários do BPC permanece como um dos principais pontos de discussão no cenário político atual.