O aviso dado pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, aos membros da legenda bolsonarista que ocupam cargos públicos, tem causado polêmica. Com foco no sucesso do partido nas eleições municipais deste ano, Valdemar deixou claro que o PL está monitorando as manifestações de seus quadros nas redes sociais e destacou que não irá tolerar traições. Segundo o comunicado, aqueles que fizerem campanha – de forma clara ou velada – para membros de outros partidos em localidades onde o PL tenha candidato, estarão sujeitos a processo ético-disciplinar.
Uma parte da circular diz: “Diversas mensagens de apoio estão sendo gravadas em prol de candidatos de outras agremiações partidárias, o que pode prejudicar candidatos do PL. Conforme prevê o nosso estatuto, ficará sujeito à instauração de procedimento ético-disciplinar quem apoiar clara ou veladamente candidato de outro partido em eleição na qual o PL tenha candidato”.
O documento foi enviado para todos os presidentes de diretórios estaduais do PL, que foram incumbidos da responsabilidade de compartilhá-lo.
O PL tem como objetivo eleger pelo menos mil prefeitos nas eleições deste ano. Contudo, em algumas cidades, há resistências de alas dos diretórios locais em aceitar as escolhas do partido. A palavra final sobre cada um dos nomes selecionados será dada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem se engajado nas campanhas locais e viajado pelo Brasil, em eventos nos quais comparece acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Nessas ocasiões, Bolsonaro solicita votos para seus correligionários.
Porém, ainda não há previsão de retorno do ex-presidente a esses eventos. Desde o início do mês, ele está se recuperando de uma crise de erisipela acompanhada de fortes dores abdominais.