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Prefeito exige e base favorável aprova projeto em 24h

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A sessão de quinta-feira, 15, poderia ser a última deste ano e a mesa diretora da casa fez esforço, juntamente com os demais vereadores, para “zerar a pauta”, expressão usada quando se busca votar vários projetos num só dia para tentar aprovar a LOA – Lei Orçamentária Anual – de 2016, e encerrar os trabalhos do ano.

Iniciada mais uma vez com 3h de atraso, comum neste período em total desrespeito ao regimento interno e aos poucos populares que vão à Câmara, foram apreciadas algumas matérias não polêmicas, a maioria aprovada por unanimidade. Interessante foi a presença dos 17 vereadores na casa, algo raro na atual legislatura.

Para surpresa dos vereadores tanto alguns da base como os dois de oposição, a líder do Prefeito, Marivalda Silva, do PT, apresentou uma questão de ordem para ser colocado na ordem do dia um projeto executivo que chegou à Câmara na segunda-feira, 14, e todos os edis não tiveram 24h para ler e muitos menos analisar.
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Na votação da questão de ordem, tanto Dr. Pitagoras como Rita Loira, questionaram a imposição e a submissão a que estavam mais uma vez, como aconteceu no caso dos ônibus universitários, que foi e voltou à Prefeitura e à Câmara 3 vezes, sendo obrigados a seguir todos os vereadores, por isso votariam contrariamente.

Na justiça dos votos, Marivalda Silva, Fernando Calmon e Valdir Cruz afirmaram que tiveram tempo e condições de analisar o projeto que muda a regra de contratação de empresas para terceirizar serviços nas áreas onde há verba federal, uma imposição da CGU – Controladoria Geral da União – que esteve em Candeias há 2 meses.

Evidente que os vereadores fizeram um esforço hercúleo de estudar 32 artigos, 20 e poucas páginas e considerar, além de constitucional, bom para Candeias mais essa exigência do Prefeito.

Um deles disse que estudou o projeto durante toda a tarde e noite de segunda e ainda na manhã de terça-feira, e que colocou toda a assessoria para analisar a matéria. Antes da sessão, uma reunião na sala Vip alguns vereadores leram e estudaram a matéria.

Depois de uma pausa de 10 minutos a pedido do Dr. Pitagoras, o projeto foi aprovado por 15 votos a favor e 2 contra.

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Ultrapassada essa etapa, foi a vez de votar o orçamento para 2016 que prevê R$ 307 milhões de recursos, um acréscimo maior que 10% na previsão apesar de a líder, Marivalda Silva, e do Prefeito Sargento Francisco, afirmarem que Candeias, que cresceu a renda em 30% nos três anos da atual gestão, esteja em crise. Em 2013, foram R$ 207 milhões, em 2014 R$ 247 milhões e, em 2015, R$ 271 milhões de arrecadação.

Na justificativa do voto, Dr. Pitagoras fez questão de mostrar as incoerências na matéria como a destinação para Secretaria de Governo de R$ 10 milhões no orçamento, em detrimento a de Esporte, Habitação e Juventude que juntas vão receber menos de R$ 3,5 milhões de reais.

Ainda, entre 2013 e 2015 o orçamento previa, em média, R$ 11 milhões para a Secretaria de Obras, e para 2016 a destinação é de R$ 33 milhões, justamente num ano eleitoral.

A líder, mais uma vez em defesa da gestão Francisco, disse que não era hora de palanque nem de “quanto pior, melhor” em referência à fala da oposição. Ela mantém a “esperança e paciência” de que esse governo vai mudar a imagem de um “governo sem obras”.

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Disse ainda que vai faltar assunto porque todas as obras em andamento seriam concluídas no próximo ano para tristeza dos opositores, no que Dr. Pitagoras afirmou que gostaria de ver a Candeias que a líder vem imaginando desde o início de 2013, uma cidade melhor.

O orçamento foi aprovado, mais uma vez, por 15 votos favoráveis e 2 contrários.

Ao final dos trabalhos, todos de mãos dadas fizeram uma oração para encerrar 2015 e pregar um 2016 um ano melhor para Candeias.

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