O Rio Grande do Sul enfrenta uma situação de calamidade pública devido aos impactos de temporais que atingiram mais de 100 municípios do estado. O governador Eduardo Leite (PSDB) decretou estado de calamidade pública, cuja vigência se estenderá por 180 dias, conforme publicado em edição extra do Diário Oficial na noite desta quarta-feira (1º).
O decreto foi fundamentado na ocorrência de eventos climáticos devastadores, como chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais, que assolaram o território gaúcho entre os dias 24 de abril e 1º de maio de 2024. A gravidade dos temporais foi classificada como desastres de Nível III, ocasionando danos e prejuízos consideráveis.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o volume de chuvas registradas nos últimos quatro dias no Rio Grande do Sul superou em três vezes a média esperada para esse período do ano. Até o momento, 13 pessoas perderam a vida e outras 21 estão desaparecidas em decorrência dos temporais, conforme relatório divulgado pela Defesa Civil na quarta-feira.
Diante desse cenário de desastre natural, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) programou uma visita ao estado nesta quinta-feira, acompanhado de uma comitiva de ministros. O mandatário já havia se manifestado anteriormente sobre os impactos das chuvas e disponibilizou o apoio do governo federal ao Rio Grande do Sul.
“Conversei por telefone com o governador gaúcho, Eduardo Leite, e coloquei o governo federal à disposição do Estado, que mais uma vez enfrenta graves consequências das fortes chuvas. Acionei os ministérios da Integração Nacional, da Defesa e com o ministro Paulo Pimenta, e estamos prontos para auxiliar o governo estadual e as prefeituras no enfrentamento e superação desse momento difícil, reflexo das mudanças climáticas que afetam nosso planeta”, afirmou Lula em sua conta no X, antigo Twitter.
A visita do presidente e da comitiva ministerial representa um esforço conjunto para avaliar os estragos e articular ações de auxílio às comunidades afetadas. A solidariedade e a cooperação entre os diferentes níveis de governo se mostram essenciais para enfrentar os desafios impostos pela natureza e garantir a segurança e a assistência necessárias às populações atingidas.