
Uma perícia feita pela Polícia Civil concluiu que a voz do porteiro que liberou a entrada do ex-PM Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, não é do funcionário qe citou o nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na investigação. A informação foi publicada pelo jornal O Globo.
Segundo a reportagem, o documento, assinado por seis peritos, também atesta que o áudio da portaria não sofreu qualquer tipo de edição e que a pessoa que autorizou a entrada de Élcio no condomínio foi o policial reformado Ronnie Lessa. Élcio e Lessa estão presos sob a acusação de terem cometido o crime.
Em depoimento concedido no ano passado, um dos porteiros afirmou que Bolsonaro havia liberado a entrada de Élcio no condomínio. Em seguida, ele voltou atrás. Agora, a perícia no áudio da portaria confirmou que foi um outro funcionário que interfonou para Lessa, morador do condomínio e vizinho do presidente.
Antes de o laudo da Polícia Civil ser produzido, o Ministério Público (MP) do Rio, num exame na gravação feito pelo próprio órgão, no dia 30 de outubro, já apontado que a autorização para a entrada de Élcio no Vivendas da Barra fora dada por Lessa, e não por Bolsonaro.