A Polícia Federal cumpre oito mandados de busca e apreensão em dois estados e no Distrito Federal (DF), nesta terça-feira (16), no inquérito que apura supostas ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal. A ordem para a operação foi dada pelo relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes. A informação é do G1.
Censura
Alexandre de Moraes ainda determinou nesta segunda-feira (15) que os sites da revista Crusoé e O Antagonista retirem do ar uma reportagem que aponta o presidente do STF, Dias Toffoli, como o dono do codinome “o amigo do amigo do meu pai” em uma das planilhas de propinas da Odebrecht.
À época dos fatos apurados na investigação da Lava Jato, Toffoli era o Advogado-Geral da União. Embora não haja menção a propina paga para o ministro, Marcelo Odebrecht teria dito em depoimento que o diálogo anexado ao processo “refere-se a tratativas que Adriano Maia tinha com a AGU sobre temas envolvendo as hidrelétricas do Rio Madeira. ‘Amigo do amigo de meu pai’ se refere a José Antônio Dias Toffoli”.
A reportagem dos sites afirmou ainda que a Procuradoria-Geral da República recebeu o documento e decidirá se prossegue ou não com a investigação. Contudo, a PGR nega que tenha recebido o documento.
Alexandre de Moraes determinou a retirada da reportagem dos dois sites e estabeleceu multa diária de R$ 100 mil para o descumprimento da medida.