Quatro Policiais Militares Presos em Operação por Homicídio em Cruz das Almas
Quatro policiais militares foram presos preventivamente na manhã desta sexta-feira (12), durante a ‘Operação Silêncio Quebrado’. A ação, realizada de forma integrada pelo Ministério Público da Bahia (MPBA) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ocorreu nos municípios de Cruz das Almas, Governador Mangabeira, Salvador, Feira de Santana e Sapeaçu. Durante a operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas residências e nos locais de trabalho dos acusados, resultando na apreensão de celulares, dispositivos eletrônicos, munições e outros itens.
Os policiais são lotados na 27ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) e respondem a uma denúncia da 1ª Promotoria de Justiça de Cruz das Almas por homicídio qualificado de Josimar Pereira dos Santos, ocorrido em 25 de fevereiro de 2024, no povoado de Poções, em Cruz das Almas. Além do homicídio, eles também enfrentarão acusações de fraude processual e ameaça. As prisões e as buscas foram autorizadas pela Vara Criminal local.
Os mandados foram executados pelo Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), ambos do MP da Bahia. Contou-se ainda com o apoio da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force), da Corregedoria da Polícia Militar e do Batalhão de Choque, todos vinculados à SSP.
Execução e Ameaças
As investigações indicam que os policiais registraram a morte de Josimar como um confronto armado. No entanto, as provas periciais e testemunhais coletadas pelo MP refutaram essa narrativa, evidenciando que Josimar foi executado. A vítima estava em um bar com amigos após uma partida de futebol, quando os policiais chegaram e começaram a revistar todos os presentes. Josimar foi levado para os fundos do bar, onde foi executado com um disparo.
A apuração revelou ainda que os policiais fotografaram e coletaram dados pessoais dos presentes no bar, ameaçando-os para que não relatassem os fatos verdadeiros. Além disso, eles removeram o corpo de Josimar do local e apresentaram uma arma e drogas supostamente apreendidas com a vítima, buscando conferir uma aparência de legalidade às suas ações criminosas.

