IML libera 89 corpos em megaoperação no Rio de Janeiro

Por Redação
3 Min

Operação Contenção: Polícia Identifica Mortos e Realiza Mandados de Prisão

A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou a identificação de 99 corpos na Operação Contenção, dos quais 89 já foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) para retirada pelos familiares. O IML continua o trabalho de identificação dos 117 civis mortos e estima concluir essa tarefa até o fim de semana. Durante a operação, também foram registrados quatro policiais mortos.

Em comunicado, a Polícia Civil informou que finaliza um documento de inteligência com centenas de páginas. Esse documento reúne a qualificação dos criminosos mortos e uma análise detalhada sobre o papel estratégico dos complexos da Penha e do Alemão na organização criminosa.

De acordo com o governo do estado, 78 das 99 pessoas identificadas tinham histórico criminal, sendo que 42 possuíam mandados de prisão pendentes. O secretário de Segurança Pública não confirmou se esses mandados foram expedidos durante a operação ou anteriormente.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-Geral de Direitos Humanos e Proteção à Vítima (SUBDH), realiza uma perícia independente e acolhe familiares durante a liberação dos corpos das vítimas. A perícia conta com uma equipe de oito profissionais e é acompanhada por um promotor de Justiça.

O governo federal enviou 20 peritos criminais da Polícia Federal para ajudar nas atividades de segurança pública no Rio de Janeiro, conforme informou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Mandados de prisão

A megaoperação contra o Comando Vermelho visava cumprir 100 mandados de prisão, dos quais 20 alvos foram localizados. Durante a ação, 15 integrantes da facção foram mortos.

Segundo o governo do estado, a operação tinha como objetivo conter o avanço do Comando Vermelho, cumprindo 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão. O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, permanece foragido e é considerado o chefe da facção que ainda não foi preso.

Entidades de direitos humanos e organizações da sociedade civil caracterizam a operação como um “massacre” e “chacina”, criticando a letalidade da ação. Familiares e moradores do Complexo da Penha relataram a retirada de dezenas de corpos de uma área de mata na madrugada seguinte à operação, registrando sinais de tortura e mutilações nos cadáveres.

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