Operação Contenção no Rio de Janeiro deixa 54 mortos
Uma megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro resultou na morte de pelo menos 54 pessoas nesta terça-feira (28). A ação, denominada Operação Contenção, foi realizada para coibir a expansão territorial do Comando Vermelho e mobilizou centenas de policiais civis e militares nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital.
Entre os mortos, 50 eram suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas, além de dois policiais civis e dois militares. O número total de vítimas ainda está sendo atualizado. Até o início da tarde, 81 pessoas haviam sido presas e 31 fuzis foram apreendidos. A operação também visa cumprir 69 mandados de prisão em 180 endereços diferentes.
A ação, considerada a mais letal da história fluminense, teve início com a entrada dos policiais nos complexos, resultando em intensos confrontos. Foram registradas barricadas, bombas lançadas por drones e bloqueios em vias de acesso. Na rua Uranos, uma das principais entradas das comunidades, dois homens foram detidos e um fuzil apreendido nas primeiras horas da manhã.
Seis pessoas ficaram feridas, entre elas três sem qualquer ligação com o confronto. Uma mulher foi atingida por um disparo enquanto fazia exercícios em uma academia.
O governador Cláudio Castro (PL) declarou que a operação ultrapassa os limites da segurança pública estadual, defendendo a atuação conjunta com as forças federais. “Essa operação de hoje tem muito pouco a ver com segurança pública. É um estado de defesa. Não é mais só responsabilidade do estado”, afirmou.
Castro classificou a ação como a maior já realizada pelas forças de segurança do estado, ressaltando o longo período de planejamento. “Uma operação que teve início no cumprimento de mandados judiciais, mais de um ano de investigação e mais de 60 dias de planejamento. Uma operação do estado contra narcoterroristas”, completou.

