Operação Posto Legal Interdita Postos em Cruz das Almas
Na segunda-feira (27), a Operação Posto Legal resultou na interdição de dois postos de combustíveis em Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano. A ação foi realizada por uma força-tarefa composta pela Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz-BA), Agência Nacional do Petróleo (ANP), Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro) e a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
Conforme informações obtidas pelo jornal A Tarde, as equipes de fiscalização detectaram irregularidades nos equipamentos de medição, que apresentaram resultados fora dos padrões estabelecidos. Outras infrações ainda estão sob investigação. O balanço final das autuações será divulgado após a conclusão da operação, que permanece em andamento.
Um dos postos interditados é de propriedade de Pedro Henrique Ramos Ribeiro, filho de Jaílson Couto Ribeiro, conhecido como Jau, que foi preso na Operação Primus, sob suspeita de envolvimento em um esquema de adulteração e comércio irregular de combustíveis.
O segundo estabelecimento fiscalizado pertence a Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como Beto Louco. Ele é apontado como sócio de Mohamad Houssein Mourad, também conhecido como Primo, que é empresário vinculado à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo as investigações.
A Polícia Civil da Bahia investiga a conexão entre Jau e Mourad. Jau se apresentava como “o maior revendedor Shell da América Latina” e teria se aliado ao empresário paulista para expandir suas operações de venda de combustíveis no estado.
Ainda que tenha interrompido a compra de produtos da Shell em 2024, Jau continuou a utilizar indevidamente a bandeira da multinacional, o que levou a Raízen, distribuidora oficial da marca, a ajuizar uma ação judicial por uso indevido da marca.
Além disso, Jau é alvo de investigações em outras operações da Polícia Federal, como a Carbono Oculto e a Tank. Ele também disputou a prefeitura de Iaçu em 2020 e 2024 e, em 2022, apoiou a candidatura do deputado federal Dal Barreto (União Brasil), que também possui uma rede de postos e está sob investigação na Operação Overclean.
