Vírus Maverick Alvo de Usuários Brasileiros Aumenta Tentativas de Infecção
A polícia e especialistas em cibersegurança alertam sobre o vírus digital Maverick, que mira usuários brasileiros para roubar dados bancários e informações de corretoras de criptomoedas. De acordo com o relatório da empresa de cibersegurança Kaspersky, foram registradas mais de 62 mil tentativas de infecção e bloqueadas apenas em outubro.
O malware se dissemina através de arquivos compactados (ZIP) que contêm atalhos do Windows (.LNK). Ao ser executado, ele se instala no sistema e se propaga automaticamente via WhatsApp Web, enviando os arquivos infectados para os contatos da vítima.
Pesquisadores confirmaram que o Maverick foi especificamente projetado para o público brasileiro. O vírus verifica o idioma do sistema, o fuso horário e o formato de data antes de prosseguir com a infecção, garantindo que o usuário esteja no Brasil.
A Kaspersky notou semelhanças entre o Maverick e o vírus Coyote, detectado em 2024, sugerindo a possibilidade de que ambos tenham sido desenvolvidos pelo mesmo grupo de hackers.
Roubo e espionagem
O Maverick opera diretamente na memória do dispositivo, dificultando sua detecção por antivírus. Após a instalação, ele tenta acessar 26 bancos e seis corretoras de criptomoedas. O malware também captura telas, monitora o uso de sites e registra teclas digitadas para coletar senhas e dados financeiros.
Como o Coyote, o Maverick utiliza criptografia AES-256 para proteger a lista de alvos, o que complica a análise por especialistas.
Como se proteger
Especialistas em segurança digital recomendam cuidados redobrados. É aconselhável não abrir arquivos ZIP ou atalhos (.LNK) recebidos via WhatsApp, e-mail ou redes sociais, especialmente de contatos desconhecidos. Manter o antivírus atualizado e realizar verificações completas no sistema é essencial.
Além disso, evite clicar em links suspeitos ou mensagens estranhas enviadas por amigos ou familiares. Caso receba mensagens com arquivos suspeitos, informe o remetente, pois ele pode estar infectado sem saber.
A Kaspersky destaca que o aumento das tentativas de infecção indica uma nova onda de ataques cibernéticos direcionados ao Brasil, que historicamente é um dos principais alvos de golpes digitais na América Latina.