Polícia Federal Revela Dados Preocupantes sobre Armas na Bahia
Mais de 50% das armas registradas para caçadores, atiradores desportivos e colecionadores (CACs) na Bahia são de uso restrito, conforme dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal (PF). Atualmente, 23.267 pessoas no estado, incluindo autoridades, têm autorização para utilizar armas, enquanto 17.239 armas de uso permitido estão registradas para CACs.
Entre as armas de uso restrito em circulação na Bahia, destacam-se 19.476 pistolas, 1.709 carabinas, 1.425 revólveres e 633 espingardas. Além disso, a PF aponta para a presença de armamentos com maior poder de fogo, incluindo 15 metralhadoras, uma submetralhadora e até um canhão, todos exclusivos para colecionadores.
Uma análise do Sinarm indica que, entre 2018 e 2022, o número de certificados de registro para CACs na Bahia cresceu mais de 14 vezes, passando de 828 para 11.786. Contudo, com a mudança na legislação promovida pelo governo Lula, a emissão de novos certificados caiu drasticamente, registrando apenas 82 em 2023.
A fiscalização e o controle de armas de CACs passaram a ser responsabilidade da Polícia Federal desde 2025, em substituição ao Exército Brasileiro. Essa transição incluiu a integração de bases de dados, embora informações sobre o ano de aquisição das armas ainda não estejam disponíveis no sistema. A mudança visa reforçar a regulamentação e fiscalização, especialmente após o aumento expressivo de armas em circulação nos últimos anos.
A PF continua a monitorar o uso dessas armas, enquanto especialistas alertam para os desafios de segurança pública decorrentes da alta quantidade de armamentos restritos nas mãos de civis. A nova política busca equilibrar o acesso legal com medidas de controle mais rigorosas.
