Guarda Civil Municipal é assassinado em Salvador durante assalto
Na noite da última sexta-feira (6), o guarda civil municipal Ítalo Lisboa de Paula, de 42 anos, foi assassinado na Avenida Aliomar Baleeiro, no bairro de Pau da Lima, em Salvador. O agente, lotado em Simões Filho, na Região Metropolitana, foi abordado por dois homens armados nas proximidades do Assaí Atacadista.
Segundo informações da Polícia Militar, os criminosos roubaram a motocicleta de Ítalo e dispararam contra ele. Quando as equipes da 47ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) chegaram ao local, encontraram o guarda já sem vida. A área foi isolada para a realização da perícia, e o caso é investigado pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV) como latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
Imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas com a finalidade de identificar os autores do crime.
A Guarda Civil Municipal de Simões Filho divulgou uma nota lamentando a morte do agente. A instituição destacou que Ítalo será lembrado por sua ética e profissionalismo, além da contribuição à segurança pública. A nota expressa solidariedade à família, amigos e colegas de farda.
Este assassinato é o segundo de um guarda municipal na Região Metropolitana de Salvador em menos de um mês. No dia 6 de maio, George Santos Viana, de 41 anos, lotado em Salvador, foi morto em Camaçari por traficantes da facção Bonde do Maluco (BDM), após ser reconhecido ao sair de casa para ir à padaria.
O diretor-geral da Guarda Civil Municipal de Salvador, coronel Humberto Sturaro, comentou o caso em um vídeo nas redes sociais neste sábado (7). Ele lamentou a morte de Ítalo e relembrou o assassinato de George Santos. “Meus profundos sentimentos à família de Ítalo e à Guarda Municipal de Simões Filho. Este é o segundo agente de segurança municipal assassinado em menos de um mês”, afirmou.
Sturaro também criticou a falta de repercussão diante dos assassinatos de guardas municipais. “Fatos como esses não reverberam. O que reverbera são nossos fatos negativos. Jamais existirá uma força de segurança sem os corrompidos”, disse, referindo-se a críticas à corporação após um episódio em que um guarda foi flagrado agredindo um motorista durante uma blitz na Avenida Paralela, no dia 3 de outubro.