Transferência de Detentos em Operação Conjunta no Conjunto Penal de Juazeiro
Cinco detentos do Conjunto Penal de Juazeiro, incluindo dois líderes do tráfico de drogas, foram transferidos nesta sexta-feira (23) para a unidade prisional de segurança máxima de Serrinha. A transferência ocorreu durante a ‘Operação Eclipse’, que teve início no dia anterior, com revistas estruturadas e simultâneas nas celas dos pavilhões A e B.
A operação foi realizada em conjunto pelo Ministério Público do Estado da Bahia, através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais Regional Norte (Gaeco Norte) e pela 13ª Promotoria de Justiça da comarca. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) também participou, visando reforçar os protocolos de segurança e controle interno da unidade.
A Vara de Execução Penal de Juazeiro determinou a transferência. Os detentos transferidos, Robson dos Santos Gomes e Diogo Bernardino Cruz, comandavam ações de grupos criminosos associados a facções, envolvidos em tráfico de drogas e responsáveis por assassinatos e ameaças no Vale do São Francisco. Essas ações visavam dominar territórios e cobrar dívidas.
Apreensões
Durante a operação, foram apreendidos celulares e drogas. Todas as celas dos dois pavilhões foram inspecionadas para restringir a comunicação não autorizada, que poderia comprometer a estabilidade do sistema prisional e a atuação das instituições de segurança e justiça.
No âmbito do MPBA, as ações contaram com a participação do Gaeco Regional Norte e do Grupo de Atuação Especial em Segurança Pública (Gaep). A Seap foi representada pelo Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop). A operação também teve o apoio da Polícia Militar, através do Comando de Policiamento da Região Norte, com a Rondesp Norte, e do Comando de Policiamento em Missões Especiais, por meio da Cipe Caatinga.
A escolha do nome “Eclipse” simboliza a interrupção de mecanismos informais de comunicação dentro do ambiente prisional, reforçando a atuação preventiva e integrada de órgãos públicos na manutenção da legalidade e no funcionamento adequado das instituições de custódia. A iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla para aprimorar a segurança institucional e do sistema penitenciário da Bahia.
A responsabilidade pela entrada de materiais não permitidos na unidade será investigada pelas autoridades competentes, que tomarão as medidas necessárias no âmbito administrativo e criminal.