Polícia Civil investiga morte de homem em São Paulo como possível execução pelo PCC
A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte de Esteliano Madureira, 43 anos, encontrado morto na noite de quarta-feira (23) na Avenida Morumbi, zona sul da capital paulista. A hipótese é de que ele tenha sido executado pelo “tribunal do crime” do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma facção criminosa que realiza uma espécie de Justiça paralela. As informações foram confirmadas pelo jornal Estadão.
Madureira era suspeito de envolvimento na morte de Bruna Oliveira da Silva, estudante da Universidade de São Paulo (USP). Seu corpo foi encontrado com sinais evidentes de tortura. Segundo o delegado Rogério Thomaz, chefe da Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), essa hipótese é uma linha de investigação significativa, mas ainda não confirmada. “Talvez seja a principal linha, mas ainda não temos confirmação”, declarou Thomaz em coletiva de imprensa.
O boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, relata que o corpo de Madureira estava envolto em uma lona, com as pernas amarradas, e foi descartado em uma área de mata. Ele apresentava mais de dez lesões perfuro-contusas, provavelmente causadas por faca ou outro objeto cortante, em regiões como tórax, abdômen e nuca. “Pela quantidade e natureza das lesões, entendemos que a morte se deu de forma dolorosa, com emprego de tortura”, afirma o boletim.
A polícia acredita que Madureira tenha sido levado ainda com vida de Itaquera, onde residia e onde Bruna foi morta, até Paraisópolis, zona sul de São Paulo, local próximo ao ponto onde o corpo foi encontrado. A prisão temporária de Madureira havia sido solicitada pela polícia na noite de quarta-feira, mas seu corpo foi encontrado na mesma noite. “Coincidentemente, nessa noite, foi descoberto um corpo desconhecido, e pela manhã foi identificado como sendo de Esteliano“, explicou o delegado.
As investigações seguem em andamento, com a Polícia Civil buscando identificar os responsáveis pela morte de Esteliano Madureira.
Relembre o caso de Bruna
Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi morta no dia 13 de abril, enquanto caminhava para casa após sair do terminal de ônibus da estação de metrô Corinthians-Itaquera. O corpo de Bruna foi encontrado na quinta-feira (17) em um estacionamento na Avenida Miguel Ignácio Curi, na Vila Carmosina, zona leste da cidade. Ela estava seminu e apresentava sinais de violência, com indícios de possível violência sexual.
Câmeras de segurança registraram o momento em que um suspeito se aproximou e atacou Bruna. Com base nas imagens, a polícia utilizou inteligência artificial para gerar uma imagem do suspeito, permitindo sua identificação. As informações obtidas foram cruzadas com investigações de campo. A polícia continua as apurações para esclarecer todos os detalhes do crime.