A viúva de Ronildo Alves dos Santos, conhecido como Magrelo, foi apontada pela Polícia Federal (PF) como uma líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) e assumiu os negócios do companheiro após a sua morte em uma suposta troca de tiros com a Polícia Militar. O falecimento ocorreu em maio do ano passado, no Tocantins.
Segundo uma investigação da PF, a viúva, Karen Abreu dos Santos, não apenas era esposa de Magrelo, mas também sua comparsa e integrante ativa do PCC. Desde 2018, ela compartilhava fotos ao lado dele nas redes sociais, onde também mostrava um estilo de vida luxuoso, adquirido, segundo a polícia, através dos lucros de atividades criminosas.
A investigação apontou que Karen herdou o suposto “patrimônio ilícito” de Magrelo e assumiu uma posição de destaque dentro da organização criminosa. A PF também afirmou que ela é frequentemente vista em contato com outros membros do PCC.
Além disso, segundo a polícia, Karen utiliza as redes sociais para exibir fotos ostentando carros e motos de luxo, supostamente adquiridos com dinheiro proveniente de atividades ilícitas. Seus perfis online não são públicos, mas em um deles, acessível a todos, ela se apresenta como esteticista, o que contrasta com as postagens mais restritas que compartilha.
De acordo com um trecho do relatório da PF, “tudo indica que Karen Abreu dos Santos assumiu o papel de Ronildo [Magrelo] no PCC, continuando a se beneficiar dos lucros do crime deixados por seu ex-marido”. A investigação também revelou que a viúva é vista como uma figura influente dentro da organização criminosa.