A polarização de quatro candidaturas presidenciáveis pode quebrar a hegemonia petista em 2014

Por Redação
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candidaturas presidenciaveis2013 é a porta para quem quer galgar as eleições de 2014. E as articulações já começaram na esfera nacional. O PT, praticamente, sacramentou a reeleição de Dilma / Temer (PMDB), porém, o queridinho do Nordeste da base aliada do governo – o governador de Pernambuco – Eduardo Campos (PSB), quer voo solo no próximo ano, e sente que o momento é ideal para ganhar visibilidade no país, aumentando a bancada socialista na Câmara e no Senado, para vir forte em 2018, ou quem sabe, chegar a um segundo turno em 2014 e sonhar com o Palácio do Planalto.

A candidatura de Eduardo será uma dor de cabeça para o PT. O socialista além de ter trânsito livre na oposição, tem uma boa relação com os outros presidenciáveis, Marina Silva e Aécio Neves (PSDB). Portanto, chegando a um segundo turno, tudo indica que os votos voláteis de Marina, e o apoio incondicional do senador Aécio, serão essenciais para o pernambucano galgar o posto. Em contrapartida, contudo, a reciprocidade entre os presidenciáveis estarão em jogo para quebrar a hegemonia petista.

Noutro lado, a oposição. Os tucanos contam com a força de Aécio Neves em Minas Gerais – segundo maior colégio eleitoral do país –, entretanto, torcendo pelas outras duas candidaturas irem à frente – que enfraquecerão seu maior adversário, no caso o PT. O mineiro vem tentando afinar seu discurso de candidato legitimo, mas sem êxito. Faltando um banho de Marketing.  Como na política tudo pode acontecer, a depender do insucesso na pré-campanha do tucano, uma vice na chapa do socialista pernambucano pode surgir.

Aécio e Eduardo são lideres natos em seus respectivos estados. A candidatura de ambos na mesma chapa, com certeza, fechariam seus redutos eleitorais. Minas e Pernambuco possuem um eleitorado de mais de 21 milhões de eleitores. Tirando abstenção, nulos e brancos, uma dobradinha dos dois, significaria saírem dos seus estados com no mínimo 13 milhões de votos.  Vale ressaltar, que o curral eleitoral de Eduardo é o mesmo dos petistas: Nordeste. Contudo, reitero que a candidatura do socialista será uma dor de cabeça para os petistas.

A surpresa nas ultimas eleições presidenciáveis (2010), a ex-petista e ex-pevista, Marina Silva, surge como uma terceira via – quebra de paradigma. Marina obteve mais de 20 milhões de votos, tendo um nome já visibilizado dentre os eleitores inconformados com esse revezamento de poder (PT/PSDB). No entanto, Marina tem uma tarefa difícil: Conseguir até outubro deste ano mais de 500 mil assinaturas e registrar seu partido “Rede Sustentabilidade” para ficar apta para o pleito de 2014.

Em fim, se as quatros candidaturas vingarem, ou Aécio entrar na chapa de vice de Eduardo, com certeza, a cúpula petista estará se despedindo do poder o quanto antes. Ninguém consegue ficar no poder com tanta força por muito tempo. E o discurso petista ficou saturado, sem objetividade.

por Luís Peixoto

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