Macron levanta possibilidade de internacionalizar a Amazônia

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Foto: Bertrand Guay / AFP

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou na última segunda-feira (26), que está “em aberto” o debate sobre a internacionalização jurídica da floresta. A declaração foi dada em entrevista coletiva no último dia do encontro do G7.

De acordo com Macron, ONGs e atores jurídicos internacionais “levantaram a questão de saber se é possível definir um status internacional da Amazônia”. Entretanto, a declaração dada pelo presidente francês gerou dúvidas. O mandatário usou a palavra “statut”, que pode significar “status” ou “estatuto”, o que mudaria o sentido da fala.

O governante francês ainda disse que a ajuda prometida pelos países do G7 respeitará a soberania dos nove países amazônicos, mas construindo uma governança que inclua diferentes atores. “Devemos construir uma iniciativa que permitirá reflorestar a Amazônia, mas que seja respeitosa da soberania de cada um, do papel das regiões”, afirmou.

O governo de Jair Bolsonaro reagiu às declarações de Macron. O porta-voz Otávio do Rêgo Barros descartou o debate sobre a internacionalização jurídica da floresta. “Sobre a Amazônia brasileira falam o Brasil, as suas Forças Armadas e, mais do que o Brasil e suas Forças Armadas, a sua sociedade, que são suas forças armadas não fardadas”, disse, após uma reunião com Bolsonaro no Ministério da Defesa.

Em posicionamentos contrários ao do governo brasileiro, nações como Chile e Colômbia se colocam a favor de um pacto global a favor da floresta e querem levar o debate para a Assembleia-Geral da ONU, que acontece em setembro

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